O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse que Bin Laden foi castigado por suas ações. O líder afegão pediu que os fundamentalistas se unam ao processo de paz do governo FOTO: REUTERS |
Além do prédio do governo de Kandahar, insurgentes atingiram as sedes do serviço de inteligência e da Polícia.
Cabul. O gabinete do governador de Kandahar, no sul do Afeganistão, foi alvo, ontem, de um ataque armado, anunciou o governo local. O número de vítimas ainda não foi divulgado.
"Ainda há tiroteios de armas leves, e neste momento dois foguetes já foram disparados contra o prédio", declarou por telefone Salmay Ayubi, porta-voz do governador de Kandahar.
Ataques
Ao menos quatro pessoas ficaram feridas, ontem, no ataque de um grupo de insurgentes talibãs a um prédio perto do escritório do governo estadual em Kandahar, informou uma fonte oficial.
De maneira simultânea, outro grupo de insurgentes atacou o prédio dos serviços de inteligência afegãos e um complexo policial nos arredores da mesma cidade. Segundo a fonte, na área foram escutadas explosões e tiroteios.
A insurgência talibã do Afeganistão assegurou ontem que a morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, "dará um novo impulso" à luta contra as forças dos EUA e da Otan.
Em entrevista ontem, o porta-voz talibã Zabiulá Mujahid qualificou a morte de Bin Laden de "grande tragédia" para o movimento insurgente afegão.
Os fundamentalistas do país asiático haviam optado até agora por não se pronunciarem sobre a morte de Bin Laden, alegando que não havia provas que confirmassem isso.
Bin Laden
Ontem, porém, Mujahid aceitou como válida a confirmação emitida ontem pela Al Qaeda indicando que Bin Laden foi abatido em uma operação de forças especiais dos EUA na segunda-feira (1º de maio) no norte do Paquistão, e defendeu "um novo impulso" à luta contra as tropas estrangeiras desdobradas em solo afegão.
Em comunicado enviado na noite de sexta-feira (6), os talibãs afegãos argumentaram que os EUA estão enganados se acreditam que "a moral e os combatentes do movimento insurgente ficarão debilitados" após a morte de Bin Laden, e disseram que isso "guiará centenas a tomarem o caminho do martírio e do sacrifício".
"A história do islã sempre guardará viva sua memória", assegurou o movimento.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, dissera na segunda-feira que Bin Laden foi castigado por suas ações e exortou os fundamentalistas a tomarem nota de sua sorte para que se unam ao processo de paz impulsionado pelo Governo afegão.
Os EUA invadiram o Afeganistão há quase uma década, pouco depois dos atentados do 11 de Setembro e de acusarem o regime talibã - então no poder - de dar refúgio a Bin Laden em território afegão.
Contra-ataque
Na sexta-feira (6), o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, declarou que a morte de Osama bin Laden "pode virar o jogo" a favor dos americanos na guerra do Afeganistão.
Falando a cerca de 450 militares da Força Aérea na Carolina do Norte, Gates disse que dentro de seis meses os militares norte-americanos serão capazes de avaliar se a morte do líder da Al Qaeda teve algum efeito sobre a guerra.
Acho que há uma possibilidade de que isso leve a virar o jogo. Bin Laden e o mulá Omar (líder do Taleban) tinham uma relação pessoal muito estreita, e há outros no Taleban que se sentiram traídos pela Al Qaeda, porque foi por causa do ataque da Al Qaeda aos Estados Unidos que o Talibã foi derrubado (do poder) no Afeganistão. Então precisamos ver como fica essa relação", declarou o secretário de Defesa.
Cabul. O gabinete do governador de Kandahar, no sul do Afeganistão, foi alvo, ontem, de um ataque armado, anunciou o governo local. O número de vítimas ainda não foi divulgado.
"Ainda há tiroteios de armas leves, e neste momento dois foguetes já foram disparados contra o prédio", declarou por telefone Salmay Ayubi, porta-voz do governador de Kandahar.
Ataques
Ao menos quatro pessoas ficaram feridas, ontem, no ataque de um grupo de insurgentes talibãs a um prédio perto do escritório do governo estadual em Kandahar, informou uma fonte oficial.
De maneira simultânea, outro grupo de insurgentes atacou o prédio dos serviços de inteligência afegãos e um complexo policial nos arredores da mesma cidade. Segundo a fonte, na área foram escutadas explosões e tiroteios.
A insurgência talibã do Afeganistão assegurou ontem que a morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, "dará um novo impulso" à luta contra as forças dos EUA e da Otan.
Em entrevista ontem, o porta-voz talibã Zabiulá Mujahid qualificou a morte de Bin Laden de "grande tragédia" para o movimento insurgente afegão.
Os fundamentalistas do país asiático haviam optado até agora por não se pronunciarem sobre a morte de Bin Laden, alegando que não havia provas que confirmassem isso.
Bin Laden
Ontem, porém, Mujahid aceitou como válida a confirmação emitida ontem pela Al Qaeda indicando que Bin Laden foi abatido em uma operação de forças especiais dos EUA na segunda-feira (1º de maio) no norte do Paquistão, e defendeu "um novo impulso" à luta contra as tropas estrangeiras desdobradas em solo afegão.
Em comunicado enviado na noite de sexta-feira (6), os talibãs afegãos argumentaram que os EUA estão enganados se acreditam que "a moral e os combatentes do movimento insurgente ficarão debilitados" após a morte de Bin Laden, e disseram que isso "guiará centenas a tomarem o caminho do martírio e do sacrifício".
"A história do islã sempre guardará viva sua memória", assegurou o movimento.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, dissera na segunda-feira que Bin Laden foi castigado por suas ações e exortou os fundamentalistas a tomarem nota de sua sorte para que se unam ao processo de paz impulsionado pelo Governo afegão.
Os EUA invadiram o Afeganistão há quase uma década, pouco depois dos atentados do 11 de Setembro e de acusarem o regime talibã - então no poder - de dar refúgio a Bin Laden em território afegão.
Contra-ataque
Na sexta-feira (6), o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, declarou que a morte de Osama bin Laden "pode virar o jogo" a favor dos americanos na guerra do Afeganistão.
Falando a cerca de 450 militares da Força Aérea na Carolina do Norte, Gates disse que dentro de seis meses os militares norte-americanos serão capazes de avaliar se a morte do líder da Al Qaeda teve algum efeito sobre a guerra.
Acho que há uma possibilidade de que isso leve a virar o jogo. Bin Laden e o mulá Omar (líder do Taleban) tinham uma relação pessoal muito estreita, e há outros no Taleban que se sentiram traídos pela Al Qaeda, porque foi por causa do ataque da Al Qaeda aos Estados Unidos que o Talibã foi derrubado (do poder) no Afeganistão. Então precisamos ver como fica essa relação", declarou o secretário de Defesa.
Fonte: Diário do Nordeste
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