Este blog é direcionado para os alunos da Escola Municipal Genildo Miranda no Sítio Lajedo em Mossoró-RN, para os alunos da Escola Estadual Rui Barbosa no município de Tibau-RN, para todos aqueles amantes da Educação Geográfica e também para os que se propõem a discussão de uma Educação contextualizada.

domingo, 16 de outubro de 2011

Como se calculou a idade da Terra?

A chave desse cálculo foi encontrada medindo a quantidade de urânio e de chumbo nas rochas mais antigas do planeta. "Essa foi uma conseqüência da descoberta da radioatividade", diz Marta Maria Sílvia Mantovani, do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. Ela se refere ao processo pelo qual alguns elementos químicos, chamados radioativos, se decompõem, produzindo outras substâncias. É o caso do urânio, que, ao sofrer radiação, se transforma em chumbo. Na natureza, uma rocha que contiver urânio, depois de certo tempo terá apenas a metade da quantidade desse elemento. Esse tempo é chamado de meia-vida. Conhecendo-se a meia-vida do urânio, pode-se então calcular a idade da rocha - e a da Terra: cerca de 4,56 bilhões de anos.



Fonte: Revista Mundo Estranho.

Por que o mar Morto tem esse nome?

Porque o excesso de sal nas suas águas torna a vida praticamente impossível por ali. Com exceção da bactéria Haloarcula marismortui, que consegue filtrar os sais e sobreviver nesse cemitério marítimo, todos os organismos que chegam ao mar Morto morrem rapidamente. Outra característica curiosa é que ninguém consegue afundar nas suas águas, graças novamente à alta concentração salina, que o torna muito mais denso do que o corpo humano. Os oceanos têm uma média de 35 gramas de sal por litro de água, enquanto o mar Morto tem quase 300 gramas. Isso se deve basicamente a sua localização - na divisa entre Israel e Jordânia. A região é quente e seca, o que acelera a evaporação e impede a reposição da água pela chuva - em um ano chove tanto quanto um dia chuvoso em São Paulo. Além disso, o mar Morto é o local mais baixo do planeta: alguns pontos ficam a mais de 400 metros abaixo do nível dos oceanos. Isso significa que grande parte das partículas que se soltam dos terrenos a sua volta escoam em sua direção. Para piorar, o rio Jordão, que ajuda a alimentá-lo, foi desviado em várias partes para irrigar plantações. Ou seja, com o perdão do trocadilho, o mar Morto está morrendo. O diretor do Instituto Geológico Israelense, Amos Bein, garante que ele não corre risco de secar completamente, mas, por via das dúvidas, já está em fase de planejamento o "Canal da Paz", um aqueduto de mais de 80 quilômetros que puxaria água do mar Vermelho para salvar esse "defunto".

Fonte: Revista Mundo Estranho.

Ceará é pioneiro em produção de coqueiro híbrido

Fazenda Cohibra, em Amontada, é destinada para a fabricação de mudas híbridas de coqueiro
FOTOS: LC MOREIRA
 Empresa no Ceará desenvolve trabalho com mudas híbridas de coqueiro. Mercado está em ascensão no País

Fortaleza O Ceará é pioneiro no Brasil na produção de mudas híbridas de coqueiro. Na Fazenda Cohibra, localizada em Icaraizinho, no Município de Amontada, está implantado um projeto de melhoramento genético do coqueiro, que tem como objetivo fabricar mudas para um mercado que tem crescido nos últimos anos. De acordo com o diretor executivo da empresa, Laerte Gurgel, para se ter uma ideia, há cinco anos, o mercado de água de coco representava 1,4% do mercado de refrigerantes e isotônicos - o que equivale a US$ 10 bilhões de dólares. “Agora, é de 3,5%, com a venda de 350 milhões de litros de água de coco”.

Apenas a Empresa Cohibra produz esse tipo de muda que, de acordo com Laerte, dá origem a coqueiros que servem tanto para o simples consumo de água como para a indústria de alimento e química fina (como cosméticos e farmacológica). A venda é realizada para empresas de vários Estados brasileiros e já está em curso o atendimento para as exigências fitossanitárias. A meta é exportar para o México, Jamaica e Nicarágua.

“Já comercializamos as mudas para 15 Estados brasileiros com um total superior a mais de 1,5 milhão de mudas desde a criação da fazenda, em 1995”. Os clientes da Cohibra estão distribuídos em 15 Estados, que juntos chegam a 4.440,375 hectares explorados e cerca de 710.460 mudas híbridas/ano.

As mudas híbridas de coqueiro são feitas a partir do cruzamento entre o coqueiro gigante do Brasil com anões verdes do Brasil de Jiqui, amarelo e vermelho de Gramame e vermelho de camarões. Outra vantagem deste melhoramento, conforme ele, é que o coqueiro tem vida de até 70 anos e cada planta dá até 200 frutos por ano. Na Fazenda Cohibra existem 10 mil plantas matrizes anões e 1200 plantas matrizes dos gigantes.

Produção

A produção anual, até o momento, é de 600 mil mudas. Entretanto, a expectativa só tem crescido. “Para 2012, nossa meta é de 1,5 milhão e para 2013, 2,5 milhões. Se houver encomendas de mudas agora, só tenho como entregar daqui um ano”, salientou Laerte.

Estes crescimentos, conforme o diretor, se devem à presença de multinacionais no Brasil. “Duas grandes multinacionais compraram áreas e vão investir em produção de água de coco, além delas, existem mais outras empresas, a Aurantiac, na Bahia, com previsão de plantar 1 milhão de mudas para produzir mantas de fibras para estofados de carro, substrato, óleo e água de coco; e, no Ceará, a empresa italiana Unique, que está plantando um hectare de coqueiro para fabricar água e óleo de coco”. O mercado de água de coco, salienta o diretor, vem crescendo 18% ao ano. “Estima-se que, em 10 anos, sejam necessários 600 mil hectares de coqueiros para atender à demanda. No Brasil, atualmente, existem 60 mil hectares para produção de água de coco. Neste setor, em 2010, o mundo faturou US$ 500 milhões. Não existe matéria-prima”.

Mundo

O Brasil será um dos maiores produtores de coco do mundo nos próximos 20 anos, conforme estimativa de Laerte Gurgel. Atualmente, os maiores produtores são Indonésia, Filipinas, Índia e Sirilanka. No entanto, conforme informou o diretor, os coqueiros de lá já têm 50 ou 60 anos. “Já estão em plena decadência. Como são países pobres, não tem capacidade de investimentos em tecnologia como nós temos. Além disso, o Nordeste brasileiro tem um ambiente propício para cultivar o coqueiro irrigado. O melhoramento genético trará o grande diferencial”.

Laerte Gurgel ainda lembrou que, nestes países, cada planta produz por ano 50 frutos, enquanto que as plantas com mudas híbridas já estão produzindo 200. “Isso mostra nossa grande diferença”, salientou. As sementes e mudas da empresa têm origem certificada e registro no Renasem, junto ao Ministério da Agricultura.

MAIS INFORMAÇÕES

Cohibra -Tecnologia em coqueiros híbridos. Rua Marcos Macedo, 140, Aldeota, Fortaleza
http://www.cohibra.com.br

Inovação
Vantagens ampliam mercado para venda

O coqueiro híbrido tem algumas vantagens. Quando verde, pode ser comercializado para o consumo de água de coco com as mesmas características do anão, com as vantagens de possuir maior rusticidade, maior tamanho do fruto e maior quantidade de água. Quando seco, pode ser comercializado para a indústria alimentícia e culinária, em razão do seu alto índice de gordura, com vantagens sobre o gigante, por possuir maior precocidade, maior produtividade, menor porte, maior número de plantas por área plantada facilitando, assim, a colheita.

A Fazenda Cohibra está localizada no Município de Amontada, a 163 quilômetros da Capital cearense. Vem estudando a cultura do coco desde 1979. Nesta época, a empresa foi visitar o então maior Instituto de Pesquisa da Cultura de Coco no mundo, o Institut de Recherches Por Les Huiles et Oléasineux-France (IRHO), atualmente, Centre International de Recherche Agronomique pour le Dévelopment.

Em 1987, foram estabelecidos campos de matrizes de gigante do Brasil da Praia do Forte, na Bahia, em área de 10ha (esse campo é utilizado como banco de pólen para os cruzamentos das plantas), e de anão amarelo do Brasil de Gramame e anão vermelho do Brasil de Gramame em áreas de 10ha cada.

O início da produção efetiva de sementes híbridas comerciais de coqueiro aconteceu no ano de 1995, por meio de uma parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros. Em 1997, foi estabelecido um campo matriz de anão verde do Brasil de Jiqui em área de 10 hectares, população essa prospectada e indicada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros.

No ano de 2000, esse campo foi ampliado para 30 hectares. Já em 2002, houve o estabelecimento de campo de matriz de anão vermelho de Camarões em área de 2 hectares. Em 2008, a Cohibra efetuou cruzamentos de anão verde do Brasil de Jiqui x anão vermelho de Camarões. O intuito era estabelecer, em 2010, campo de matriz em área de 5 hectares com esse híbrido simples, com o objetivo de, no ano de 2013, produzir o híbrido triplo (anão verde do Brasil de Jiqui x anão vermelho de Camarões) x gigante do Brasil da Praia do Forte (BA).

Hoje, a Cohibra produz 150 mil sementes por ano, com seu campo de expansão para produzir 1 milhão ao ano até 2012 atendendo uma área de plantio de 6.250ha/ano.

Centro de pesquisa

No Ceará, possue 150 funcionários, 120 só destinados para a hibridação. “Temos engenheiro agrônomo com doutorado na área, Wilson Aragão, seis tecnólogos com formação em fruticulturas e irrigação”, destacou o diretor executivo, Laerte Gurgel. Disse que lá existe o Centro de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica com laboratório e produção de pólen. “É uma produção muito cara, complexa e delicada. Temos 15 parceiros na área de cadeia produtiva e dez pesquisadores para o desenvolvimento da cadeia produtiva”. A fazenda tem 1500ha, destes 300 são destinados para as matrizes. “Cada coqueiro tem que ficar com uma distância de 1 quilômetro um do outro”.

Fique por dentro
Novos espaços

Atualmente, a maior parte dos plantios é de coqueiros da variedades gigante e anã. Mas, nos últimos anos, o coqueiro híbrido tem conquistado espaço. Com a implantação de 30 mil hectares distribuídos por todo o País, dos 300 mil coqueiros plantados, 10% são híbridos. O coqueiro híbrido resulta do cruzamento controlado tecnologicamente entre os coqueiros anões amarelos, vermelhos e verdes com os gigantes do Brasil (Praia do Forte - BA), do Oeste Africano e da Polinésia. O coqueiro híbrido tecnificado atinge em média 150 a 180 frutos/ planta por ano, tendo seu início de produção em nível comercial a partir de três anos nas condições ideais de tecnologia. As vantagens em relação ao coqueiro gigante e ao anão são devido, principalmente, a sua dupla utilização.

Evelane Barros
Subeditora do Regional
 
Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.

sábado, 15 de outubro de 2011

Toda árvore neutraliza a mesma quantidade de dióxido de carbono?

PULMÃO VERDE
Quanto mais alta e larga,
mais a árvore tem poder
de seqüestrar carbono
Daniela Toviansky
Não. A capacidade de seqüestro de  carbono do ambiente muda e, mesmo  em uma única espécie, ocorrem  variações significativas provocadas  pelo regime de chuvas, entre outros  fatores. As árvores que mais retiram  CO2 da natureza são a figueira, o  jequitibá e o jatobá. Como os  reflorestamentos para compensar as  emissões do gás são feitos em áreas muito extensas, o correto é reunir, no  mínimo, 80 espécies nativas. Embora  cada planta seqüestre carbono em  quantidades diferentes, o valor médio  de captura é 190 quilos de CO2 por  árvore, a uma concentração de 1666  árvores por hectare. O cálculo para  verificar a quantidade de carbono  absorvido é feito com equações  alométricas, que levam em conta  o diâmetro e a altura da árvore. 

CONSULTORIA Magno Branco, doutor  em Ecologia e Recursos Naturais pela  Universidade Federal de São Carlos e  técnico da Iniciativa Verde.



 Fonte: Revista Nova Escola.

Quais árvores brasileiras estão em extinção?

Flores da árvore Pau-Brasil.
Foto: divulgação.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), há diferentes estados de conservação para considerar uma espécie ameaçada de extinção: vulnerável, rara e em perigo. Árvores como pau-brasil, jequitibá, sapucaia, mogno, jatobá, jacarandá, imbuia, araucária, entre outros, estão nessa lista, dentro de uma das três classificações.
A primeira iniciativa para quem quer contribuir na preservação dessas espécies é não comprar móveis feitos de madeira extraída dessas árvores. "Nas lojas, é preciso pedir a certificação da madeira para o vendedor. Ele é obrigado a fornecer. Se não tiver, não compre, pois não é possível saber a origem, que provavelmente é de desmatamento", explica a bióloga Sabrina Pulido Carmona, do Parque Escola Santo André, na região do ABC de São Paulo.
Quem tiver espaço no quintal de casa ou uma área na escola pode, sim, plantar uma árvore. "A maioria das prefeituras tem condições de fornecer uma muda. Só é preciso ter paciência, pois essa planta jovem, apesar de já alcançar até uns três metros de altura, tem o tronco fino e demora de oito a dez anos para se desenvolver", diz a especialista.
É importante se informar sobre a melhor árvore a plantar em casa ou na calçada, não só por conta da fiação de rua, como também porque as espécies exóticas ao local podem ser prejudiciais. "Uma espécie que não seja local interfere em todo o ecossistema, no solo e na alimentação dos animais, por isso é melhor evitar esse tipo de plantio", afirma Sabrina.
Todos os anos, no dia 21 de setembro, quando se comemora o Dia da Árvore, acontecem ações em todo o país para promover o plantio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente lançou a "Campanha 7 bilhões de árvores", iniciativa mundial para que pessoas, iniciativa privada, governos e organizações não-governamentais (ONGs) plantem árvores e forneça os dados a fim de que a contagem seja feita. Há também ONGs que aceitam doações em dinheiro para plantio, bem como sites que, de acordo com o número de cliques dos visitantes, recebem verba de empresas.

Fonte: Revista Nova Escola.

Como funcionam os créditos de carbono?

As indústrias são responsáveis
por 2/3 das emissões de carbono
no mundo. Foto: Pedro Martinelli
Para entender os créditos de carbono, é preciso compreender primeiro o efeito estufa e o Protocolo de Kyoto. O efeito estufa faz parte da dinâmica do planeta e, graças a ele, a Terra é mais quente do que o espaço e tem a temperatura ideal para que os seres vivos sobrevivam. Funciona da seguinte forma: parte do calor irradiado pelo Sol é devolvido ao espaço. Porém, parte desse calor fica presa na atmosfera e é responsável por manter o planeta aquecido. O problema é que o excesso dos chamados gases estufa (gás carbônico, metano, óxido nitroso, fluoretos de enxofre e vapor d´água) amplifica esse fenômeno e faz com que mais calor seja retido na superfície do planeta, provocando o aquecimento global. Hoje em dia, os pesquisadores descobriram que não são só os gases que provocam esse efeito. O chamado carbono negro, que é a fuligem da fumaça, também tem papel importante nesse mecanismo. "A fuligem provoca o sombreamento da superfície e esquenta a atmosfera. Além disso, modifica a formação das nuvens, o que muda o equilíbrio térmico do planeta", explica Kenny Tanizaki Fonseca professor do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Apesar de ser impossível prever com certeza quanto o planeta deve aquecer nos próximos anos, a preocupação para minimizar os efeitos do aquecimento global é presente no mundo todo. Em 1997, 189 países membros das Nações Unidas se reuniram em Kyoto, no Japão, e assinaram um tratado em que se comprometem a reduzir as emissões de gás estufa em 5% em relação aos níveis de 1991. Em 2005, esse protocolo entrou em vigor e os países signatários deveriam atingir a meta até 2008. Até 2012 deve ser firmado um novo acordo, que já está em negociações. Uma das críticas ao Protocolo é que só estão obrigados a diminuir as emissões os países na lista de nações desenvolvidas. Ou seja, o Brasil ainda não tem metas a cumprir, apesar de estar na lista dos 20 países que mais poluem. "Ao contrário do que acontece no resto do mundo, 2/3 das emissões brasileiras estão ligadas ao uso do solo - desmatamento, queimadas e conversão de florestas em sistemas agropecuários. O próximo acordo também deve  incluir o desmatamento, que tem a ver diretamente com o nosso país", afirma Kenny.

Um dos mecanismos a que os países desenvolvidos podem recorrer para cumprir a meta é comprar os chamados créditos de carbono de países que diminuíram suas emissões. Assim, uma empresa brasileira, por exemplo, pode desenvolver um projeto para reduzir as emissões de suas indústrias. Esse projeto passa pela avaliação de órgãos internacionais e, se for aprovado, é elegível para gerar créditos. Nesse caso, a cada tonelada de CO2 que deixou de ser emitida, a empresa ganha um crédito, que pode ser negociado diretamente com as empresas ou por meio da bolsa de valores. "Porém, os países só podem usar esses créditos para suprir apenas uma pequena parte de suas metas", explica Kenny Fonseca. Mesmo com essa restrição, o mercado de crédito de carbono está em pleno desenvolvimento, principalmente por causa do chamado mercado voluntário. Nele, mesmo países que não precisam diminuir suas emissões ou que não assinaram o Protocolo de Kyoto podem negociar créditos. Segundo um relatório divulgado por duas organizações americanas do setor de mercado ambiental, Ecosystem Marketplace e New Carbon Finance, em 2008 o mercado voluntário de carbono movimentou 705 milhões de dólares, por um preço médio de 7,34 dólares por crédito de carbono. Kenny Fonseca explica que o Brasil é um dos países que mais formulam projetos que geram créditos de carbono e que a expansão desse mercado é inevitável. "É muito difícil para os países desenvolvidos conseguirem atingir suas metas. Desde que o Protocolo de Kyoto foi assinado, houve um aumento populacional, acompanhado do aumento da necessidade de insumos. E isso acarreta um aumento natural da emissão de poluentes", afirma.

Fonte: Revista Nova Escola.