Derrubadas voltaram a ganhar ritmo no Estado; superintendente do Ibama afirma que é uma "calamidade ambiental"
Cuiabá. O desmatamento voltou a ganhar ritmo em Mato Grosso e virou "calamidade´" em abril, de acordo com o Ibama. No acumulado do ano, a extensão das áreas derrubadas atingiu cerca de 40 mil hectares o dobro em relação ao mesmo período de 2010.
Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com base em imagens de satélite do sistema Deter, que monitora em tempo real as derrubadas nas matas.
"É uma calamidade ambiental. Nos últimos anos, jamais vi um pico de desmatamento tão grande, aberto e acintoso como esse", lamentou o superintendente regional do Ibama, Ramiro Hofmeister.
Retomada
A retomada ocorre no momento em que se prepara a votação do novo Código Florestal. No Estado, acaba de ser sancionado um zoneamento ambiental que reduz a reserva legal em regiões de floresta (de 80% para 50%) e abre caminho para a cana-de-açúcar na Amazônia.
Além da elevação no acumulado das áreas, neste ano aumentou a quantidade de grandes desmatamentos. Vários pontos têm indícios de derrubadas superiores a mil hectares.
"Até o ano passado, era raro verificar uma derrubada superior a 300 hectares", informou Hofmeister.
Somente no município de Cláudia (a 620 Km de Cuiabá), mais de 4 mil hectares foram desmatados em abril, mais do que o total desmatado no Estado em abril do ano passado (3.773 hectares).
De acordo com Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), os números do Inpe precisam ser novamente verificados.
Júlio Bachega, secretário adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), acredita que as derrubadas são fruto de uma "informação equivocada". "Há uma expectativa falsa de regularização desses desmates com o novo Código Florestal", afirmou.
O secretário de Meio Ambiente, Alexandre Maia, relata que recebeu denúncias de que produtores rurais do Estado, valendo-se de uma possível anistia com a aprovação do novo Código Florestal, ainda em discussão na Câmara Federal, estariam desmatando e fazendo queimadas ilegais.
Cuiabá. O desmatamento voltou a ganhar ritmo em Mato Grosso e virou "calamidade´" em abril, de acordo com o Ibama. No acumulado do ano, a extensão das áreas derrubadas atingiu cerca de 40 mil hectares o dobro em relação ao mesmo período de 2010.
Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com base em imagens de satélite do sistema Deter, que monitora em tempo real as derrubadas nas matas.
"É uma calamidade ambiental. Nos últimos anos, jamais vi um pico de desmatamento tão grande, aberto e acintoso como esse", lamentou o superintendente regional do Ibama, Ramiro Hofmeister.
Retomada
A retomada ocorre no momento em que se prepara a votação do novo Código Florestal. No Estado, acaba de ser sancionado um zoneamento ambiental que reduz a reserva legal em regiões de floresta (de 80% para 50%) e abre caminho para a cana-de-açúcar na Amazônia.
Além da elevação no acumulado das áreas, neste ano aumentou a quantidade de grandes desmatamentos. Vários pontos têm indícios de derrubadas superiores a mil hectares.
"Até o ano passado, era raro verificar uma derrubada superior a 300 hectares", informou Hofmeister.
Somente no município de Cláudia (a 620 Km de Cuiabá), mais de 4 mil hectares foram desmatados em abril, mais do que o total desmatado no Estado em abril do ano passado (3.773 hectares).
De acordo com Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), os números do Inpe precisam ser novamente verificados.
Júlio Bachega, secretário adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), acredita que as derrubadas são fruto de uma "informação equivocada". "Há uma expectativa falsa de regularização desses desmates com o novo Código Florestal", afirmou.
O secretário de Meio Ambiente, Alexandre Maia, relata que recebeu denúncias de que produtores rurais do Estado, valendo-se de uma possível anistia com a aprovação do novo Código Florestal, ainda em discussão na Câmara Federal, estariam desmatando e fazendo queimadas ilegais.
Fonte: Diário do Nordeste
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