Este blog é direcionado para os alunos da Escola Municipal Genildo Miranda no Sítio Lajedo em Mossoró-RN, para os alunos da Escola Estadual Rui Barbosa no município de Tibau-RN, para todos aqueles amantes da Educação Geográfica e também para os que se propõem a discussão de uma Educação contextualizada.

domingo, 16 de outubro de 2011

Como se calculou a idade da Terra?

A chave desse cálculo foi encontrada medindo a quantidade de urânio e de chumbo nas rochas mais antigas do planeta. "Essa foi uma conseqüência da descoberta da radioatividade", diz Marta Maria Sílvia Mantovani, do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. Ela se refere ao processo pelo qual alguns elementos químicos, chamados radioativos, se decompõem, produzindo outras substâncias. É o caso do urânio, que, ao sofrer radiação, se transforma em chumbo. Na natureza, uma rocha que contiver urânio, depois de certo tempo terá apenas a metade da quantidade desse elemento. Esse tempo é chamado de meia-vida. Conhecendo-se a meia-vida do urânio, pode-se então calcular a idade da rocha - e a da Terra: cerca de 4,56 bilhões de anos.



Fonte: Revista Mundo Estranho.

Por que o mar Morto tem esse nome?

Porque o excesso de sal nas suas águas torna a vida praticamente impossível por ali. Com exceção da bactéria Haloarcula marismortui, que consegue filtrar os sais e sobreviver nesse cemitério marítimo, todos os organismos que chegam ao mar Morto morrem rapidamente. Outra característica curiosa é que ninguém consegue afundar nas suas águas, graças novamente à alta concentração salina, que o torna muito mais denso do que o corpo humano. Os oceanos têm uma média de 35 gramas de sal por litro de água, enquanto o mar Morto tem quase 300 gramas. Isso se deve basicamente a sua localização - na divisa entre Israel e Jordânia. A região é quente e seca, o que acelera a evaporação e impede a reposição da água pela chuva - em um ano chove tanto quanto um dia chuvoso em São Paulo. Além disso, o mar Morto é o local mais baixo do planeta: alguns pontos ficam a mais de 400 metros abaixo do nível dos oceanos. Isso significa que grande parte das partículas que se soltam dos terrenos a sua volta escoam em sua direção. Para piorar, o rio Jordão, que ajuda a alimentá-lo, foi desviado em várias partes para irrigar plantações. Ou seja, com o perdão do trocadilho, o mar Morto está morrendo. O diretor do Instituto Geológico Israelense, Amos Bein, garante que ele não corre risco de secar completamente, mas, por via das dúvidas, já está em fase de planejamento o "Canal da Paz", um aqueduto de mais de 80 quilômetros que puxaria água do mar Vermelho para salvar esse "defunto".

Fonte: Revista Mundo Estranho.

Ceará é pioneiro em produção de coqueiro híbrido

Fazenda Cohibra, em Amontada, é destinada para a fabricação de mudas híbridas de coqueiro
FOTOS: LC MOREIRA
 Empresa no Ceará desenvolve trabalho com mudas híbridas de coqueiro. Mercado está em ascensão no País

Fortaleza O Ceará é pioneiro no Brasil na produção de mudas híbridas de coqueiro. Na Fazenda Cohibra, localizada em Icaraizinho, no Município de Amontada, está implantado um projeto de melhoramento genético do coqueiro, que tem como objetivo fabricar mudas para um mercado que tem crescido nos últimos anos. De acordo com o diretor executivo da empresa, Laerte Gurgel, para se ter uma ideia, há cinco anos, o mercado de água de coco representava 1,4% do mercado de refrigerantes e isotônicos - o que equivale a US$ 10 bilhões de dólares. “Agora, é de 3,5%, com a venda de 350 milhões de litros de água de coco”.

Apenas a Empresa Cohibra produz esse tipo de muda que, de acordo com Laerte, dá origem a coqueiros que servem tanto para o simples consumo de água como para a indústria de alimento e química fina (como cosméticos e farmacológica). A venda é realizada para empresas de vários Estados brasileiros e já está em curso o atendimento para as exigências fitossanitárias. A meta é exportar para o México, Jamaica e Nicarágua.

“Já comercializamos as mudas para 15 Estados brasileiros com um total superior a mais de 1,5 milhão de mudas desde a criação da fazenda, em 1995”. Os clientes da Cohibra estão distribuídos em 15 Estados, que juntos chegam a 4.440,375 hectares explorados e cerca de 710.460 mudas híbridas/ano.

As mudas híbridas de coqueiro são feitas a partir do cruzamento entre o coqueiro gigante do Brasil com anões verdes do Brasil de Jiqui, amarelo e vermelho de Gramame e vermelho de camarões. Outra vantagem deste melhoramento, conforme ele, é que o coqueiro tem vida de até 70 anos e cada planta dá até 200 frutos por ano. Na Fazenda Cohibra existem 10 mil plantas matrizes anões e 1200 plantas matrizes dos gigantes.

Produção

A produção anual, até o momento, é de 600 mil mudas. Entretanto, a expectativa só tem crescido. “Para 2012, nossa meta é de 1,5 milhão e para 2013, 2,5 milhões. Se houver encomendas de mudas agora, só tenho como entregar daqui um ano”, salientou Laerte.

Estes crescimentos, conforme o diretor, se devem à presença de multinacionais no Brasil. “Duas grandes multinacionais compraram áreas e vão investir em produção de água de coco, além delas, existem mais outras empresas, a Aurantiac, na Bahia, com previsão de plantar 1 milhão de mudas para produzir mantas de fibras para estofados de carro, substrato, óleo e água de coco; e, no Ceará, a empresa italiana Unique, que está plantando um hectare de coqueiro para fabricar água e óleo de coco”. O mercado de água de coco, salienta o diretor, vem crescendo 18% ao ano. “Estima-se que, em 10 anos, sejam necessários 600 mil hectares de coqueiros para atender à demanda. No Brasil, atualmente, existem 60 mil hectares para produção de água de coco. Neste setor, em 2010, o mundo faturou US$ 500 milhões. Não existe matéria-prima”.

Mundo

O Brasil será um dos maiores produtores de coco do mundo nos próximos 20 anos, conforme estimativa de Laerte Gurgel. Atualmente, os maiores produtores são Indonésia, Filipinas, Índia e Sirilanka. No entanto, conforme informou o diretor, os coqueiros de lá já têm 50 ou 60 anos. “Já estão em plena decadência. Como são países pobres, não tem capacidade de investimentos em tecnologia como nós temos. Além disso, o Nordeste brasileiro tem um ambiente propício para cultivar o coqueiro irrigado. O melhoramento genético trará o grande diferencial”.

Laerte Gurgel ainda lembrou que, nestes países, cada planta produz por ano 50 frutos, enquanto que as plantas com mudas híbridas já estão produzindo 200. “Isso mostra nossa grande diferença”, salientou. As sementes e mudas da empresa têm origem certificada e registro no Renasem, junto ao Ministério da Agricultura.

MAIS INFORMAÇÕES

Cohibra -Tecnologia em coqueiros híbridos. Rua Marcos Macedo, 140, Aldeota, Fortaleza
http://www.cohibra.com.br

Inovação
Vantagens ampliam mercado para venda

O coqueiro híbrido tem algumas vantagens. Quando verde, pode ser comercializado para o consumo de água de coco com as mesmas características do anão, com as vantagens de possuir maior rusticidade, maior tamanho do fruto e maior quantidade de água. Quando seco, pode ser comercializado para a indústria alimentícia e culinária, em razão do seu alto índice de gordura, com vantagens sobre o gigante, por possuir maior precocidade, maior produtividade, menor porte, maior número de plantas por área plantada facilitando, assim, a colheita.

A Fazenda Cohibra está localizada no Município de Amontada, a 163 quilômetros da Capital cearense. Vem estudando a cultura do coco desde 1979. Nesta época, a empresa foi visitar o então maior Instituto de Pesquisa da Cultura de Coco no mundo, o Institut de Recherches Por Les Huiles et Oléasineux-France (IRHO), atualmente, Centre International de Recherche Agronomique pour le Dévelopment.

Em 1987, foram estabelecidos campos de matrizes de gigante do Brasil da Praia do Forte, na Bahia, em área de 10ha (esse campo é utilizado como banco de pólen para os cruzamentos das plantas), e de anão amarelo do Brasil de Gramame e anão vermelho do Brasil de Gramame em áreas de 10ha cada.

O início da produção efetiva de sementes híbridas comerciais de coqueiro aconteceu no ano de 1995, por meio de uma parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros. Em 1997, foi estabelecido um campo matriz de anão verde do Brasil de Jiqui em área de 10 hectares, população essa prospectada e indicada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros.

No ano de 2000, esse campo foi ampliado para 30 hectares. Já em 2002, houve o estabelecimento de campo de matriz de anão vermelho de Camarões em área de 2 hectares. Em 2008, a Cohibra efetuou cruzamentos de anão verde do Brasil de Jiqui x anão vermelho de Camarões. O intuito era estabelecer, em 2010, campo de matriz em área de 5 hectares com esse híbrido simples, com o objetivo de, no ano de 2013, produzir o híbrido triplo (anão verde do Brasil de Jiqui x anão vermelho de Camarões) x gigante do Brasil da Praia do Forte (BA).

Hoje, a Cohibra produz 150 mil sementes por ano, com seu campo de expansão para produzir 1 milhão ao ano até 2012 atendendo uma área de plantio de 6.250ha/ano.

Centro de pesquisa

No Ceará, possue 150 funcionários, 120 só destinados para a hibridação. “Temos engenheiro agrônomo com doutorado na área, Wilson Aragão, seis tecnólogos com formação em fruticulturas e irrigação”, destacou o diretor executivo, Laerte Gurgel. Disse que lá existe o Centro de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica com laboratório e produção de pólen. “É uma produção muito cara, complexa e delicada. Temos 15 parceiros na área de cadeia produtiva e dez pesquisadores para o desenvolvimento da cadeia produtiva”. A fazenda tem 1500ha, destes 300 são destinados para as matrizes. “Cada coqueiro tem que ficar com uma distância de 1 quilômetro um do outro”.

Fique por dentro
Novos espaços

Atualmente, a maior parte dos plantios é de coqueiros da variedades gigante e anã. Mas, nos últimos anos, o coqueiro híbrido tem conquistado espaço. Com a implantação de 30 mil hectares distribuídos por todo o País, dos 300 mil coqueiros plantados, 10% são híbridos. O coqueiro híbrido resulta do cruzamento controlado tecnologicamente entre os coqueiros anões amarelos, vermelhos e verdes com os gigantes do Brasil (Praia do Forte - BA), do Oeste Africano e da Polinésia. O coqueiro híbrido tecnificado atinge em média 150 a 180 frutos/ planta por ano, tendo seu início de produção em nível comercial a partir de três anos nas condições ideais de tecnologia. As vantagens em relação ao coqueiro gigante e ao anão são devido, principalmente, a sua dupla utilização.

Evelane Barros
Subeditora do Regional
 
Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.

sábado, 15 de outubro de 2011

Toda árvore neutraliza a mesma quantidade de dióxido de carbono?

PULMÃO VERDE
Quanto mais alta e larga,
mais a árvore tem poder
de seqüestrar carbono
Daniela Toviansky
Não. A capacidade de seqüestro de  carbono do ambiente muda e, mesmo  em uma única espécie, ocorrem  variações significativas provocadas  pelo regime de chuvas, entre outros  fatores. As árvores que mais retiram  CO2 da natureza são a figueira, o  jequitibá e o jatobá. Como os  reflorestamentos para compensar as  emissões do gás são feitos em áreas muito extensas, o correto é reunir, no  mínimo, 80 espécies nativas. Embora  cada planta seqüestre carbono em  quantidades diferentes, o valor médio  de captura é 190 quilos de CO2 por  árvore, a uma concentração de 1666  árvores por hectare. O cálculo para  verificar a quantidade de carbono  absorvido é feito com equações  alométricas, que levam em conta  o diâmetro e a altura da árvore. 

CONSULTORIA Magno Branco, doutor  em Ecologia e Recursos Naturais pela  Universidade Federal de São Carlos e  técnico da Iniciativa Verde.



 Fonte: Revista Nova Escola.

Quais árvores brasileiras estão em extinção?

Flores da árvore Pau-Brasil.
Foto: divulgação.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), há diferentes estados de conservação para considerar uma espécie ameaçada de extinção: vulnerável, rara e em perigo. Árvores como pau-brasil, jequitibá, sapucaia, mogno, jatobá, jacarandá, imbuia, araucária, entre outros, estão nessa lista, dentro de uma das três classificações.
A primeira iniciativa para quem quer contribuir na preservação dessas espécies é não comprar móveis feitos de madeira extraída dessas árvores. "Nas lojas, é preciso pedir a certificação da madeira para o vendedor. Ele é obrigado a fornecer. Se não tiver, não compre, pois não é possível saber a origem, que provavelmente é de desmatamento", explica a bióloga Sabrina Pulido Carmona, do Parque Escola Santo André, na região do ABC de São Paulo.
Quem tiver espaço no quintal de casa ou uma área na escola pode, sim, plantar uma árvore. "A maioria das prefeituras tem condições de fornecer uma muda. Só é preciso ter paciência, pois essa planta jovem, apesar de já alcançar até uns três metros de altura, tem o tronco fino e demora de oito a dez anos para se desenvolver", diz a especialista.
É importante se informar sobre a melhor árvore a plantar em casa ou na calçada, não só por conta da fiação de rua, como também porque as espécies exóticas ao local podem ser prejudiciais. "Uma espécie que não seja local interfere em todo o ecossistema, no solo e na alimentação dos animais, por isso é melhor evitar esse tipo de plantio", afirma Sabrina.
Todos os anos, no dia 21 de setembro, quando se comemora o Dia da Árvore, acontecem ações em todo o país para promover o plantio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente lançou a "Campanha 7 bilhões de árvores", iniciativa mundial para que pessoas, iniciativa privada, governos e organizações não-governamentais (ONGs) plantem árvores e forneça os dados a fim de que a contagem seja feita. Há também ONGs que aceitam doações em dinheiro para plantio, bem como sites que, de acordo com o número de cliques dos visitantes, recebem verba de empresas.

Fonte: Revista Nova Escola.

Como funcionam os créditos de carbono?

As indústrias são responsáveis
por 2/3 das emissões de carbono
no mundo. Foto: Pedro Martinelli
Para entender os créditos de carbono, é preciso compreender primeiro o efeito estufa e o Protocolo de Kyoto. O efeito estufa faz parte da dinâmica do planeta e, graças a ele, a Terra é mais quente do que o espaço e tem a temperatura ideal para que os seres vivos sobrevivam. Funciona da seguinte forma: parte do calor irradiado pelo Sol é devolvido ao espaço. Porém, parte desse calor fica presa na atmosfera e é responsável por manter o planeta aquecido. O problema é que o excesso dos chamados gases estufa (gás carbônico, metano, óxido nitroso, fluoretos de enxofre e vapor d´água) amplifica esse fenômeno e faz com que mais calor seja retido na superfície do planeta, provocando o aquecimento global. Hoje em dia, os pesquisadores descobriram que não são só os gases que provocam esse efeito. O chamado carbono negro, que é a fuligem da fumaça, também tem papel importante nesse mecanismo. "A fuligem provoca o sombreamento da superfície e esquenta a atmosfera. Além disso, modifica a formação das nuvens, o que muda o equilíbrio térmico do planeta", explica Kenny Tanizaki Fonseca professor do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Apesar de ser impossível prever com certeza quanto o planeta deve aquecer nos próximos anos, a preocupação para minimizar os efeitos do aquecimento global é presente no mundo todo. Em 1997, 189 países membros das Nações Unidas se reuniram em Kyoto, no Japão, e assinaram um tratado em que se comprometem a reduzir as emissões de gás estufa em 5% em relação aos níveis de 1991. Em 2005, esse protocolo entrou em vigor e os países signatários deveriam atingir a meta até 2008. Até 2012 deve ser firmado um novo acordo, que já está em negociações. Uma das críticas ao Protocolo é que só estão obrigados a diminuir as emissões os países na lista de nações desenvolvidas. Ou seja, o Brasil ainda não tem metas a cumprir, apesar de estar na lista dos 20 países que mais poluem. "Ao contrário do que acontece no resto do mundo, 2/3 das emissões brasileiras estão ligadas ao uso do solo - desmatamento, queimadas e conversão de florestas em sistemas agropecuários. O próximo acordo também deve  incluir o desmatamento, que tem a ver diretamente com o nosso país", afirma Kenny.

Um dos mecanismos a que os países desenvolvidos podem recorrer para cumprir a meta é comprar os chamados créditos de carbono de países que diminuíram suas emissões. Assim, uma empresa brasileira, por exemplo, pode desenvolver um projeto para reduzir as emissões de suas indústrias. Esse projeto passa pela avaliação de órgãos internacionais e, se for aprovado, é elegível para gerar créditos. Nesse caso, a cada tonelada de CO2 que deixou de ser emitida, a empresa ganha um crédito, que pode ser negociado diretamente com as empresas ou por meio da bolsa de valores. "Porém, os países só podem usar esses créditos para suprir apenas uma pequena parte de suas metas", explica Kenny Fonseca. Mesmo com essa restrição, o mercado de crédito de carbono está em pleno desenvolvimento, principalmente por causa do chamado mercado voluntário. Nele, mesmo países que não precisam diminuir suas emissões ou que não assinaram o Protocolo de Kyoto podem negociar créditos. Segundo um relatório divulgado por duas organizações americanas do setor de mercado ambiental, Ecosystem Marketplace e New Carbon Finance, em 2008 o mercado voluntário de carbono movimentou 705 milhões de dólares, por um preço médio de 7,34 dólares por crédito de carbono. Kenny Fonseca explica que o Brasil é um dos países que mais formulam projetos que geram créditos de carbono e que a expansão desse mercado é inevitável. "É muito difícil para os países desenvolvidos conseguirem atingir suas metas. Desde que o Protocolo de Kyoto foi assinado, houve um aumento populacional, acompanhado do aumento da necessidade de insumos. E isso acarreta um aumento natural da emissão de poluentes", afirma.

Fonte: Revista Nova Escola.

sábado, 27 de agosto de 2011

Brigadistas alertam contra incêndios no meio ambiente

Equipe do Prevfogo no Sítio Fundão, na Floresta Nacional do Araripe. Nesta época do ano, perigo é iminente
ANTÔNIO VICELMO
Ventos fortes e desmatamentos contribuem para aumentar riscos de incêndios em florestas

Crato. "É melhor prevenir do que remediar". Com base neste adágio, órgão ambientalista do Cariri iniciou um trabalho de prevenção contra incêndios. A primeira área beneficiada foi o Sítio Fundão, uma reserva florestal, localizada no Geopark Araripe, a 3Km do Crato, onde, no ano passado, foram registrados cinco incêndios. Uma equipe de 15 brigadistas do Prevfogo está fazendo o aceiro da cerca que contorna a área de 97 hectares.

O chefe de Brigada de Incêndios, Ricardo Alencar, informa que o trabalho será estendido a outras áreas de proteção ambiental que, nesta época do ano em razão da estiagem e da baixa umidade, estão ameaçadas pelo fogo. Este mês, já ocorreram dois pequenos incêndios, um dos quais no Sítio Romualdo, Município do Crato, numa Área de Proteção Ambiental, localizado no pé da Serra do Araripe.

O chefe do Batalhão de Combate ao Fogo, Edilberto Bacarau, acrescenta que será desenvolvida uma campanha educativa nas escolas, com a finalidade de dividir com professores e estudantes a responsabilidade pela preservação da natureza. A consciência ecológica, segundo Edilberto, começa na escola, despertando no aluno uma consciência ecológica.

A preocupação maior é com a Floresta Nacional do Araripe (Flona), um dos últimos redutos da Mata Atlântica, uma área total de 39.262,326 ha, que atravessa a fronteira do Ceará com Pernambuco, abrangendo partes dos Municípios de Barbalha, Crato, Jardim e Santana do Cariri. A chefe da Floresta, Verônica Figueiredo, disse que está sendo montada uma ação integrada com todos os órgãos ambientais no trabalho.

A Flona, segundo ela, já está fazendo o dever de casa com uma equipe de 21 brigadistas espalhados nas áreas de risco. Este ano, está sendo distribuída uma cartilha, orientando os agricultores para os perigos das queimadas, principais responsáveis pela propagação dos incêndios. Uma das orientações é a utilização da folha seca como adubo. Ao invés de queimá-las, a cartilha orienta que é melhor incorporá-las ao solo, transformando-a em adubo orgânico.

O Corpo de Bombeiros do Ceará ainda não dispõe de uma estatística sobre a incidência de incêndios no Ceará. O capitão Warner Campos informou que, a partir deste mês, será intensificada uma campanha de advertência contra eventuais incêndios. O aumento da temperatura, os ventos fortes e a baixa umidade do ar, que ocorrem nesta época do ano, são as principais causas dos incêndios, diz o militar, explicando, por outro lado, que o trabalho de prevenção, segundo o militar, é feito pelas prefeituras e órgãos ambientais do interior com o acompanhamento das unidades do Corpo de Bombeiros.

Soldadinho-do-Araripe

O trabalho preventivo de combate ao fogo faz parte do Plano de Ação Nacional, que foi lançado esta semana em Brasília e no Cariri, para a Conservação do Soldadinho-do-Araripe, pássaro endêmico da Região do Cariri, que vive no território do Geopark Araripe. O plano é uma realização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da ONG Aquasis. O objetivo é evitar a extinção do Antilophia bokermanni, nome científico do Soldadinho-do- Araripe. "Das 1.800 espécies de aves do Brasil, apenas seis têm plano exclusivo de conservação", ressaltou Weber Girão, da Aquasis.

O engenheiro ambiental, Pedro Calos Augusto Monteiro, do ICM-Bio, afirma que, entre as metas previstas, está a proteção das nascentes de mata úmida de encostas nos Municípios de Crato, Barbalha e Missão Velha, habitat do pássaro. O Plano é composto por cinco metas, com as suas respectivas ações.

Combate

15 Brigadistas integram a equipe do Batalhão de Combate ao Fogo que iniciou o trabalho preventivo na Floresta Nacional do Araripe, com aceiro da cerca que contorna a área de 97 hectares

MAIS INFORMAÇÕES
Corpo de Bombeiros do Ceará
Telefones: (85) 3101.2211/ 8878.8552
Floresta Nacional do Araripe
Telefone: (88) 3221.094

Antônio Vicelmo
Repórter

Quantos brasileiros são considerados pobres?

Mais de 50 milhões, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O órgão do Ministério do Planejamento lançou este ano o Radar Social 2005, uma pesquisa para saber o nível de renda do brasileiro, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostra que 53,9 milhões de brasileiros vivem na pobreza. Isso corresponde a 31,7% da população do país. E dentro desse número existe um dado ainda mais preocupante: do total, 21,9 milhões de pessoas são indigentes. "O indigente é aquele que não tem dinheiro nem para comprar alimentos", diz o sociólogo André Campos, pesquisador do IPEA. O instituto considerou pobres as famílias que vivem com até meio salário mínimo per capita - ou seja, 150 reais por mês para cada pessoa da casa - e indigentes aquelas famílias com renda mensal per capita de até 75 reais. O Radar Social também fez um ranking dos estados mais pobres. Alagoas tem a maior taxa de pobreza, 62,3%, e Santa Catarina, a menor, 12,1%. Outro dado do estudo ajuda a mostrar como as riquezas são mal distribuídas no país: 50% da população mais pobre fica com apenas 13% de toda a renda que o Brasil gera. É por isso que somos considerados pela ONU como o segundo país do mundo com maior desigualdade social, atrás somente de Serra Leoa. Um vexame!

Fonte: Revvista Mundo Estranho.

Existe mesmo areia movediça?

Existe, mas não como nos velhos filmes do Tarzan. Esse tipo de terreno até pode prender um animal, mas ver uma pessoa ser engolida, só no cinema. Além de ser difícil achar um atoleiro muito profundo, a pessoa que enfiar os pés nele ainda terá os braços livres, bastando se apoiar em áreas próximas com um solo mais firme para sair. As principais vítimas são os animais, que atolam as quatro patas e não têm como fugir. Mesmo assim, o perigo não é o bicho ser engolido, mas morrer de fome se não for resgatado.
 
Atoleiro animal Terreno instável é resultado de grãos soltos e muita água
 
1. Um área com areia normal tem grãos bem compactados, bem próximos uns dos outros. É como se a areia fosse prensada. Numa praia, por exemplo, a ação do vento e das pessoas e objetos que circulam em cima da areia ajudam a grudar os grãos, deixando o terreno mais firme
2. Sob certas condições, a areia pode ficar menos compactada. Em uma região entre dunas, por exemplo, os grãos trazidos pelo vento ficam protegidos da circulação de ar e acabam permanecendo mais soltos, formando uma areia fofa. Esse é um tipo de local que pode dar origem à areia movediça
3. Se esta areia fofa receber muita água, como a da chuva, os grãos que já estavam um pouco soltos se separam mais ainda. Os espaços vagos vão sendo preenchidos pela água, criando uma mistura viscosa de areia e líquidos que é a popular areia movediça, chamada pelos geólogos de areia fluidificada
4. Se um animal pisa nesta área instável, os grãos de areia passam a se movimentar em direção ao fundo, carregando junto as patas do bicho, como se elas fossem "grãos gigantes". Até suas patas atingirem um nível de areia mais compactada ele já pode estar completamente atolado.

Fonte: Revista Mundo Estranho.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Desmatamento na Amazônia supera 2010

Qualquer número acima do recorde do ano passado significará a interrupção da queda que ocorria desde 2008

Brasília. O desmatamento na Amazônia neste ano deverá superar a taxa anual medida no ano passado. O primeiro sinal claro aparece nos alertas de desmatamento e degradação da floresta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema Deter acumulou em 11 meses do período de coleta da taxa anual uma área maior do que a captada entre agosto de 2009 e julho de 2010.

Até junho, o Deter registrou 2.429,5 quilômetros quadrados de florestas abatidas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 35% no ritmo das motosserras. No mês, o aumento foi de 28%.

Os dados de julho, que completarão os 12 meses da taxa oficial, só serão divulgados no fim do mês. Mas os dados até aqui já superaram os 2.294 quilômetros quadrados de desmatamento medidos até julho de 2010, o menor da série histórica do Inpe. O anúncio da taxa está previsto para o fim do ano.

Mauro Pires, diretor de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, prefere não especular sobre a nova taxa. "Vai ficar muito próxima da taxa de 2009 e de 2010", disse. Em 2009, o sistema Prodes indicou o abate de 7.464 quilômetros quadrados de desmatamento. No ano seguinte, o Prodes mediu o corte de 6.451 quilômetros quadrados de floresta. Qualquer número acima do recorde registrado no ano passado significará a interrupção de uma queda do desmatamento que vem sendo registrada desde 2008. E pode comprometer os compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. O desmatamento ainda é a maior fonte de emissão de carbono no país.

O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, chama a atenção para a diferença entre os dois sistemas do Instituto. O Deter é responsável pelos alertas de desmatamento. Mais rápido, é menos preciso, não alcança pequenas áreas. O Prodes, no qual se baseia a taxa oficial anual de desmatamento, alcança áreas pequenas, mas só considera o corte raso de árvores.

Câmara confirma o aumento de 35% nos alertas de desmatamento do Deter no período de 11 meses. Mas não autoriza o mesmo tipo de projeção para a taxa oficial anual.

"Ainda é cedo para extrapolar estes dados para o computo anual do Prodes. Ainda faltam os dados de junho de 2011 para fazer uma avaliação melhor. Se os dados de julho deste ano forem muito inferiores aos de julho de 2010, como resultado da intensa fiscalização do governo, não irá se configurar um cenário de aumento forte do desmatamento", afirmou o diretor.

Gabinete

Em maio, o governo criou um gabinete de crise, com a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança, para conter o aumento de desmatamento registrado no começo do ano, sobretudo no Mato Grosso. "Diante do que poderia acontecer, a tendência que temos hoje é de contenção", insiste Mauro Pires.

Fonte: Coluna Nacional do Jornal Diário do Nordeste.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aberto Eusébio Ambiental

O evento terá atividades durante todo este mês e busca envolver toda a comunidade do município
DIVULGAÇÃO
 
Eusébio. A Prefeitura do município, através da Autarquia de Meio Ambiente (Amma) lançou ontem o Eusébio Ambiental, na Praça 23 de junho. A programação, que se estenderá por todo o mês de agosto prevê, desde visitas às escolas, caminhadas, a fóruns e exposições.

"O Eusébio Ambiental é mais um projeto da intersetorialidade defendida pelo município. Não estamos aqui só tratando do meio ambiente, mas também da Educação e da Saúde do povo eusebiense", disse o prefeito Acilon Gonçalves.

As atividades já foram iniciadas ontem com blitze educativas nas escolas. No decorrer da semana acontecerão caminhadas e a Gincana Ambiental.

Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.

Escavação paleontológica é a maior do NE

Nesse primeiro momento das pesquisas, as escavações no Araripe permanecem até o próximo sábado. Esse é o começo de um estudo que irá durar três anos
ELIZÂNGELA SANTOS
Os fósseis de maior relevância que forem encontrados vão ficar no Museu de Paleontologia de Santana do Cariri

Araripe Pesquisadores de várias universidades brasileiras e do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se encontram no Cariri para realizar a maior escavação paleontológica controlada do Nordeste. A pesquisa está sendo coordenada pela Universidade Regional do Cariri (Urca). O trabalho foi iniciado no Riacho Grande, localidade do Município de Araripe. Esse é o começo de um estudo que irá durar três anos, por meio de projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Nacional (CNPq), com apoio do Geopark Araripe. As áreas pouco exploradas da região são o foco da pesquisa e há possibilidades de achados de fósseis de dinossauros, como os pterossauros.

São 20 pesquisadores, entre estudantes de graduação, pós-graduação e professores. Nessa primeira etapa dos trabalhos, os integrantes da equipe permanecem na região até o próximo sábado. Deverão ser coletados na área da Baixa Grande cerca de 4 mil fósseis, que serão direcionados, segundo o coordenador das pesquisas, o professor doutor Álamo Feitosa, também coordenador executivo do Geopark Araripe, às escolas públicas do Município, para auxiliar na didática das atividades escolares. Ele classifica esse momento como um marco na pesquisa paleontológica da região.

Também está acompanhando os trabalhos um dos maiores pesquisadores da área, que fez descobertas importantes relacionadas aos pterossauros do Araripe e apresentou o resultado do trabalho para a comunidade científica mundial. O professor e cientista, Alex Kellner, do Museu Nacional, destaca a importância do desenvolvimento científico na região e que os fósseis de maior relevância nas pesquisas que forem encontrados vão permanecer na região e serão expostos no Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, e não como ocorria em outros momentos, já que o material antes era levado para outras instituições, a exemplo do próprio Museu Nacional, que hoje contém diversos achados paleontológicos do Araripe.

Alex Kellner explica que a escavação controlada significa procura dos fósseis de acordo com os níveis das rochas, em que se consegue documentar em qual delas foi encontrado o tipo de fóssil. "Isso nos dá condições de correlacionar os diferentes níveis fossilíferos", frisa o professor. Ele afirma que o objetivo é encontrar no local um grande número de fósseis e dizer de qual coluna estratigráfica é, das diferentes camadas.

Distribuição

Segundo o professor Álamo, as peças que serão distribuídas nas escolas são aquelas mais comuns e que já foram estudadas. Normalmente, as chamadas pedras de peixes. O material também será direcionado a órgãos como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O trabalho está sendo documento pela cineasta Lara Velho, que vem acompanhando o cientista Kellner há vários anos, e também pela revista internacional National Geographic. Lara já chegou a produzir documentários sobre paleontologia na Antártida, nos Estados do Mato Grosso, Minas Gerais e outras regiões do Brasil.

De acordo com Álamo, o projeto junto com o CNPq foi firmado entre a Urca e o Museu Nacional. A coordenação é da Urca, com apoio da UFRJ e depois entrou como parceira a Universidade Federal do Pernambuco (UFPE). Especialistas de várias áreas da paleontologia compõem a equipe, desde a reconstituição paleoambiental, que é a sua especialidade, até áreas de dinossauros e crocodilos.

Exploração

Ele destaca que a parte leste da Bacia do Araripe, incluindo Municípios como Crato, Barbalha e Jardim, sempre foi muito explorada em termos de paleontologia, desde 1800, com a primeira citação de João da Silva Feijó. No século XX, também houve muitos trabalhos, mas como há uma subdivisão em sub-bacia leste, conforme Álamo, fica o questionamento se é a mesma coisa em termos de composição faunística. "Então, estamos tentando verificar de onde vinha o contato do lago Araripe com águas marinhas. Hoje, vemos que a grande possibilidade seja pela Bacia Piauí/Maranhão, ou seja, pela parte oeste", explica o coordenador.

Ele acrescenta que isso só será possível por meio de escavações planejadas que vão acontecer em Araripe, depois uma parte de Campos Sales, perto da Chapada, em Salitre e Potengi, até chegar ao Piauí, na parte mais oeste, na área de Caldeirão Grande.

Uma das propriedades importantes que pode facilitar as novas descobertas é que os pesquisadores estão atuando na borda do lago, ou seja, segundo Álamo, os fósseis estão em cima do embasamento cristalino, da rocha do assoalho, o chão do lago. "Isso aumenta muito a possibilidade de encontrar animais que não habitavam o lago, mas estavam nas proximidades como dinossauros, da espécie pterossauros, crocodilos e outros seres que eventualmente pudessem se encontrar por perto", diz o professor. A pesquisa, então, inicia na parte leste e vai até o final da parte oeste, como forma de traçar um comparativo dos perfis. Em uma primeira prospecção na área, já foram encontradas tartarugas. O mais raro, de acordo com os estudiosos, seriam as criaturas voadoras, no caso dos pterossauros.

MAIS INFORMAÇÕES
Escritório Geopark Araripe/Urca - Rua Teófilo Siqueira, 754, Centro
Município do Crato (CE)
Telefone: (88) 3102.1237


Elizângela Santos (Repórter)

EDUCAÇÃO
Fósseis servirão como fontes didáticas


Araripe Um dos grandes resultados da escavação paleontológica controlada, realiza no Cariri, será o ganho para a pesquisa científica e o turismo da região. É que as peças fósseis encontradas para estudos ao longo das pesquisas permanecerão na região, e até servirão como fontes didáticas para estudantes de escolas públicas, nos Municípios onde ocorrem as escavações. Somente esta semana, devem ser encontrados cerca de 4 mil peças fossilizadas, principalmente de peixes, que serão repassados para várias instituições.

Segundo o chefe da equipe de pesquisadores, Álamo Feitosa, como será um grande volume de material, desde fezes de peixes até peixes completos, muita coisa repetida e que já foi bem estudada, haverá doação para Araripe, o laboratório do Museu de Paleontologia, DNPM, e parte do que já foi estudados para o Museu Nacional. Caso tenha algo raro, fica no Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri.

Álamo afirma que, neste momento, se está montando uma equipe, inclusive com alunos, que ele vem orientando, e pesquisadores. Esse esforço poderá resultar em uma equipe de pelo menos 10 doutores na área para os próximos 10 anos. Serão estudiosos nas mais diversas áreas. Ele é o primeiro doutor da paleontologia da região. "Vi nos últimos três anos que a gente tem que formar pesquisadores do Cariri, para que ele se intitule e tenha conhecimento e isso irá garantir a pesquisa na região, em uma das bacias paleontológicas sedimentares mais importantes do mundo", ressalta. E para isso, segundo ele, se requer investimentos e pessoas qualificadas.

O projeto a ser desenvolvido nos próximos anos é no valor de R$ 130 mil. Já é um grande apoio, já que antes não se podia desenvolver grandes escavações, em virtude da falta de recursos. Para Álamo, esse é um passo significativo.

Centro de pesquisa

Agora, com a disponibilidade de um trator, isso facilita mais os trabalhos, e pela primeira vez, a Urca está à frente de uma equipe de pesquisadores. "Isso transforma a região em importante centro de pesquisa", diz. Recentemente foi realizado curso de preparação de fósseis da região, incluindo alunos da UFPE. Ele acrescenta que hoje a região está em um patamar respeitado em termos de pesquisa em paleontologia, com boa produção científica e cursos.

Alex Kellner, que iniciou sua pesquisa na área do Araripe em 1984, afirma que essa é uma das principais e mais ricas áreas fossilíferas do Brasil. "Infelizmente, é uma área que sofre devido à escavação desordenada, o comércio". O grande diferencial, segundo ele, são as escavações controladas. "Acredito que essas escavações vão render muito mais informações do que as antes realizadas".

Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Acampamento reúne vários Estados

Grupos de alguns Estados e de inúmeros Municípios se fizeram uma turma só. Não faltou bate-papo
FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR
O Acampamento foi na Praia Tremembé, onde as belezas naturais ainda não sofreram tanto a intervenção do homem

Icapuí. Sem luxo e sem frescura, em meio ao sol, ao vento, mas com um mar gigante e uma lagoa bem ao lado, centenas de jovens fincaram suas barracas e acamparam no 9º Acampamento Latino-Americano da Juventude. Grupos de alguns Estados e de inúmeros Municípios se fizeram uma turma só. E não faltou violão, namoro, bate-papo, e até alguém para encenar, no meio do ´mar de barracas´, uma esquete teatral.

O Festival ocorreu de sexta a domingo, encerrando com o tradicional "abraço ao mar". Dentre os principais destaques do evento, a banda de reggae Cidade Negra. Seis temas, dentre os quais a diversidade sexual, a cultura afrodescendente e os cinco anos da Lei Maria da Penha, foram destaques nos debates.

Em meio a uma amontoado de aproximadamente 240 barracas, perto do lago e a poucos metros do mar tem a "vila do sossego". Pelo menos foi assim que fincaram uma plaquinha improvisada os 16 jovens de Fortaleza que vieram para Icapuí para a despedida das férias. Não que sossego signifique silêncio. Porque quando não são os shows se prolongando até perto do amanhecer, tem jovem com violão, ou um aparelho de som. Ou uma roda de conversa de porta de barraca.

Mas ontem o dia foi de despedida dupla: do acampamento e das férias. O grupo de 16 estudantes de Natal (RN) que veio pela primeira vez ao evento pretende retornar, "como sem falta", à próxima edição. O ecólogo Camilo Dantas, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ficou triste com o fim dos dias de acampamento, mas ressalta a temática ambiental como um dos principais focos do encontro. "Sabemos que a zona costeira cearense passa por problemas parecidos com o que acontece no Rio Grande do Norte, e eventos como esse servem para alertar os jovens", aponta.

Mas nem todos. Para o biólogo João Neves, da UFRN, a maioria dos jovens foi mesmo para dormir nas barracas e curtir os shows. "Isso é importante, mas deve existir um engajamento das pessoas com o evento, participar das discussões, das oficinas". Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Cariri fretou uma topic para chegar até o local do evento, "mas passamos longe das oficinas", confessa o servidor Lino Júnior.

Entre as principais reclamações dos acampados, a frequência na falta de água para banho, principalmente quando muitos chuveiros estavam ligados. "Mas algumas coisas são típicas de acampamento, e no geral foi bom", opina João Neves. "Aqui tem sossego porque tem paz, mas o movimento não para", afirma Daniel Victor, de 30 anos, que participa pela segunda vez do acampamento. Veio com outros 15 amigos de Fortaleza para participar de oficinas e assistir aos shows. Eles fazem parte do Movimento do Teatro do Oprimido do Ceará (MTOCE), e colocar barraca para "não dormir" já é hábito de quem leva a vida a se aventurar.

Não à toa muitos jovens, especialmente turmas do Ceará e do Rio Grande do Norte, esperavam há muito tempo a edição do festival - o evento só acontece de dois em dois anos.

Curtição
"A gente curte muito e dorme pouco. Não precisa", afirma Rubens Lopes, de 23 anos. E se mesmo assim pintar uma solidão na multidão, a amiga e psicóloga Renata Fernandes está ali para ouvir. "Na Vila do Sossego todo mundo se ajuda", diz Daniel Victor, sobre o nome dado ao aglomerado de cinco "casinhas" dentre as 240 barracas do lugar. Maria Gorete, coordenadora do espaço de "camping", estima em aproximadamente 1.100 mochileiros somente na tenda de acampamento.

Houve apresentação teatral, incluindo os grupos locais como, por exemplo, o Teatro Flor do Sol e Teatro Amigo do Meio Ambiente, ambos de Icapuí.

MELQUÍADES JÚNIOR (REPÓRTER)
Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.

Criação de peixe em cativeiro cresce no Centro-Sul do CE

Os produtores do município de Cariús estão animados e esperam a partir de novembro uma renda mensal em torno de R$ 400,00
FOTOS: HONÓRIO BARBOSA
Em várias cidades do interior, o sistema de criação tem se espalhado devido ao fácil manejo e retorno de investimento

Cariús. Na região Centro-Sul é crescente o número de projetos associativos de criação intensiva de peixes em tanques-redes. O exemplo mais recente está localizado neste Município, no Açude Muquém. O projeto de piscicultura foi implantado em junho passado, com 2.000 alevinos, que estão em fase de crescimento. Nos próximos cinco meses, quantidade igual será implantada de forma escalonada. Os produtores estão animados e esperam a partir de novembro uma renda mensal em torno de R$ 400,00.

O sistema de criação intensiva de peixes em tanques-rede ou gaiola é uma das formas que tem se espalhado em várias comunidades rurais devido ao fácil manejo e rápido retorno do investimento, além de ser uma alternativa viável para geração de emprego e aumento da renda da agricultura familiar no sertão cearense, que dispõe de oferta de açude público com vasto espelho d´água.

Formação

A Associação dos Aquicultores do Açude Muquém é formada por 18 produtores e foi criada há seis anos, após conclusão da barragem, por antigos trabalhadores rurais que viram as terras em que plantavam e criavam animais cobertas pela água. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Ematerce e Instituto Agropolos, incentivou a implantação do projeto de piscicultura com o objetivo de ampliar a renda das famílias atingidas pela construção do reservatório. Na época, cada família recebeu uma casa e um lote de quatro hectares para o plantio de culturas de subsistências.

Instalação

Foram quase cinco anos de espera para obtenção de licenças ambientais de instalação e de funcionamento por parte da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O projeto de piscicultura foi financiado pelo Banco do Nordeste no valor de R$ 305 mil, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Os recursos foram aplicados na construção de um galpão para depósito, escritório equipado com computador e impressora, uma unidade de tratamento do pescado e aquisição de 108 gaiolas e dos alevinos. A modalidade de financiamento prevê dois anos de carência e seis para pagamento. O Município de Cariús e o Instituto Agropolos são entidades parceiras. A Prefeitura contratou um zootecnista para orientar e acompanhar os pescadores. "O projeto está andando muito bem", disse o presidente da Associação dos Aquicultores do Açude Muquém, Jucivan Lucena da Silva. "A nossa meta é que no primeiro ano de produção teremos uma renda mensal de pelo menos R$ 400,00".

União

Os associados estão unidos e os mais idosos incentivam os jovens produtores. O agricultor José Pereira Lima fez a doação do terreno para instalação do projeto no entorno do Açude Muquém. Ele também é um dos atingidos pela construção da barragem. "Antes, eu só vivia da agricultura e da criação de um gadinho, mas hoje sou pescador artesanal e também associado do projeto de criação de tilápias", contou. "Estou animado e acreditando que vai dar certo".

O mais jovem dos produtores, Francisco Lucena, disse que também acredita na viabilidade do projeto. "Visitamos outros açudes na região e vimos que os criadores de tilápia estão satisfeitos", lembrou. O próximo passo da associação é começar definir logo os compradores da produção inicial, mas o grupo já sonha com novos projetos. "Pretendemos fazer filé, bolinhas de peixe e outros produtos derivados para agregar valor ao pescado", frisou Jucivan Lucena.

As tilápias criadas em cativeiro passam por um processo de reversão genética. Até o 10º dia, os alevinos têm a sexualidade indefinida e neste período recebem ração com hormônio masculino. São, portanto, transformadas em macho, porque adquirem maior crescimento e peso do que as fêmeas, adequando-se à finalidade comercial.

A espécie tailandesa, a partir de um melhoramento genético, foi a que melhor se adaptou à região Nordeste, cujas águas dos reservatórios têm temperatura elevada.

Fique por dentro
Alimentação

Os alevinos pesando um grama são colocados nos berçários e recebem durante o primeiro mês de nascimento ração em pó com 56% de proteína e o restante de vitamina. Isso é realizado a cada hora a partir das 7 horas da manhã até às 17 horas. São dez doses diárias.

Com esta alimentação, os alevinos alcançam o peso médio de 12 gramas. No fim do segundo mês, chegam a pesar 40 gramas e a alimentação é fornecida oito vezes por dia. A partir do terceiro mês entram na fase de engorda e recebem ração três vezes por dia, com 32 % de proteína, além de energético à base de milho e de óleo de peixe. Ao fim do ciclo, no sexto mês, devem pesar em média 750 gramas.

Expectativa

"O grupo está animado, unido, com perspectiva de produção a partir de novembro"

Charles Alves
Zootecnista

"A nossa meta tem como objetivo uma renda mensal de pelo menos R$ 400"

Jucivan Lucena
Presidente da Associação de Aquicultores

MAIS INFORMAÇÕES

Secretaria de Agricultura

Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.
Rua Raul Nogueira, S/N, Bairro Esplanada. Telefone: (88) 3514. 1219/ E-mail:prefeituracarius.ce@gmail.com.br

HONÓRIO BARBOSA (REPÓRTER)

domingo, 31 de julho de 2011

Incentivo à paleontologia

O Museu de Santana do Cariri criou espaços voltados para estudantes e pesquisadores de paleontologia
O Museu de Santana do Cariri criou espaços voltados para estudantes e pesquisadores de paleontologia

Santana do Cariri O Cariri é referência quando o assunto é paleontologia. Levando em consideração a importância desta área para o crescimento da região, algumas ações estão sendo adotadas para promover o incentivo à pesquisa paleontológica e ao turismo rural. Um dos pioneiros nessa ideia é o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.

A nova direção do local, que tem como diretor o professor Titus Riedl, instalou três pontos de apoio com capacidade para atender 13 pessoas e uma lanchonete, com o objetivo de atender a demanda de pesquisadores e estudantes que visitam o Museu, que só este ano já recebeu cerca de 130 mil pessoas. Além de ser uma fonte de pesquisa para a ciência, o museu é o carro chefe do turismo científico da região do Cariri.

Tanto o dormitório quanto a lanchonete estão localizados nas dependências técnicas do prédio. Atualmente, a cidade de Santana do Cariri não possui rede de hotelaria para receber os visitantes. O único restaurante está localizado no Pontal da Serra, a cerca de 3 quilômetros da cidade. A lanchonete e o dormitório, de acordo com o diretor técnico do Museu, João Kerensky, visam suprir a carência da cidade em termos de hospedagem. "Os pesquisadores antes tinham que se hospedar em Nova Olinda, Juazeiro do Norte ou no Crato, o que dificultava o trabalho. Lá, os pesquisadores dispõem de biblioteca especializada", ressalta Kerensky.

O técnico explica ainda que os interessados em ir até o local devem entrar em contato com antecedência pelos telefones: (88) 3545. 1206, (85) 8708. 1736 ou (85) 8860. 9276, falar com Roberta Távora ou João Kerensky. O preço das diárias variam. Para estudantes de graduação é de R$ 10,00, de Mestrado ou Doutorado R$ 15,00 e R$20,00 para pesquisadores.

Nova concepção

O Museu da Paleontologia de Santana do Cariri, que foi restaurado, está funcionando com uma nova concepção. O geólogo Idalécio Freitas, gerente do Geopark Cariri, informou que o objetivo não é somente mostrar coisas velhas. A finalidade, segundo afirmou, é aprimorar o ensino das ciências para estudantes de diversas idades, bem como contribuir para o estímulo à curiosidade, à criatividade, à resolução de problemas e ao raciocínio lógico.

A proposta é que uma visita ao museu seja tão agradável quanto ir a um parque de diversões. Para isso, foi instalada uma sala de vídeos para exibição de documentários e filmes de interesse dos jovens. Brevemente, será disponibilizada uma sala para deficientes.

O objetivo, conforme Idalécio, é fazer girar emoções, ideias, sentimentos. Mostrar aos jovens um caminho que pode ser seguido no futuro em aspectos profissionais.

Para ele, um museu moderno como esse, "com características que permitem aos jovens não só ver, mas interagir com as formas de conhecimento representadas nos diferentes objetos e nas diferentes situações de conhecimento" funciona, entre outras coisas, como uma motivação simpática para que os jovens se interessem pelas questões da cultura científica.

Despertar

Para a comunidade de Santana do Cariri, em específico, o museu oferece bolsas de trabalho para estudantes, treinamento de guias e emprega funcionários, visando à ação social e o despertar da consciência, no que se refere à proteção do patrimônio paleontológico. Ao todo, 13 guias mirins fazem relatos interessantes, cheios de referências históricas. Com apenas 12 anos de idade, o guia mirim Enzo Lima de Melo fala, com desenvoltura, sobre a origem dos fósseis e o que eles representam para a ciência.


Pesquisa

"A finalidade é aprimorar o ensino das ciências para estudantes de várias idades"
Idalécio Freitas
Gerente do Geopark Araripe


"O museu contribui para que a comunidade tome consciência de sua identidade"
José Demontier Ferreira (Professor de Química)


MAIS INFORMAÇÕES
Museu de Paleontologia de Santana do Cariri
Rua Dr. José Augusto Araújo, 326
Telefone: (88) 3545.1206


PREPARAÇÃO DE FÓSSEIS

Estudantes e professores participam de curso na área

Com o objetivo de aperfeiçoamento na pesquisa, são abordadas técnicas de preparação química e mecânica

Santana do Cariri. Dentro dessa concepção, alunos e professores que trabalham com paleontologia na região do Cariri estão participando de um curso de Preparação de Fósseis, ministrado por um dos maiores especialistas na área: o professor de Preparação de Fósseis, Hélder de Paula Silva, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O curso é promovido pela Universidade Regional do Cariri (Urca) e Geopark Araripe. O professor Álamo Feitosa destaca que é uma nova frente na pesquisa paleontológica da Bacia do Araripe. Estão sendo abordadas técnicas de preparação química e mecânica.

Para o ex-reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, o museu é uma porta aberta na linha da extensão e da pesquisa. Somente no mês de julho, mais de três mil pessoas visitaram o museu o que, segundo Plácido, é um número expressivo para uma cidade pequena como Santana do Cariri, que conta com pouco mais de 17 mil habitantes.

Plácido destaca que o museu tem uma função básica de pesquisa, no apoio logístico aos pesquisadores que se dirigem à região, no sentido de conhecer a riqueza fóssil da Chapada do Araripe.

O museu, de acordo com Plácido, é uma instituição permanente, aberta ao público, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conserva pesquisa, expõe e divulga as evidências materiais e os bens representativos do homem e da natureza, com a finalidade de promover o conhecimento, a educação e o lazer.
Antônio Vicelmo
Repórter

Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acampamento da Juventude em Icapuí

O último acampamento foi realizado no ano de 2009. Para este ano, a expectativa é ainda melhor
FOTO: JULIANA VASQUEZ
O evento, que começa hoje, concentra oficinas, debates, exposições, teatro e shows musicais nos três dias

Icapuí Mochilão nas costas e muitas turmas desembarcando na Praia de Tremembé, localizada neste Município. Mar, música, artes e ideias "para um mundo melhor" são o olhar do 9º Acampamento Latino-Americano da Juventude que começa hoje e vai até domingo em Icapuí, no Litoral Leste do Estado. O evento concentra oficinas, debates, exposições, teatro e shows musicais nos três dias. Destaque para os shows de Cidade Negra, Preta Gil e do jamaicano Andrew Tosh.

A tônica das manhãs e tardes do evento são mesmo as oficinas e debates sobre seis temáticas: os cinco anos da Lei Maria da Penha, o centenário de nascimento de Maria Bonita, o Ano Internacional da Mulher, Ano Internacional para Afrodescendentes, Desenvolvimento Local e Sustentável e Protagonismo Juvenil e Diversidade.

No dia 29, de 15 horas às 17h30, tem "Juventude no Acampamento Latino-Americano e no Festival da Juventude" e "O esporte como direito"; no dia 30, de 15 horas às 17h30, tem "O desafio no enfrentamento das drogas", "Ano internacional de afrodescendentes e o movimento negro no Ceará"; e no dia 31, de 9 horas às 10h30, tem "Educação ambiental e sustentabilidade", e "Diversidade e combate à homofobia".

A programação das oficinas ficou assim: nos dias 29 e 30, de 8h30 às 12h30, haverá oficinas de "colagem criativa", "tambor de crioula (ritmo, canto e dança)", "roteiro para vídeo", "redação do Enem", "pintando marinhas", "fosfoto (fotografia)", "guitarra prática", "prática de baixo elétrico", "percussão", "zona costeira, desafios para preservação", "circo" e vídeo "Juventude LGBT: ativismo contra o preconceito".

Curta-metragem

Nas noites, antecedendo os shows, haverá exibição de curtas-metragens em sua maioria produzidos por cearenses: na sexta-feira, entre 20h e 21h, haverá exibição dos curtas-metragens "Querença", "Cine Zé Sozinho", "Calango Lengo Morte & vida sem ver água" e "Vida Maria"; no sábado, mesmo horário, tem "Amigos bizarros de Ricardinho", "Aos mortos de morte morrida", "Dossiê Rebordosa", e "Preciosa".

Hoje à noite haverá shows de Alan Rebouças, Banda Reldon, Preta Gil, Andrew Tosh, Panth e as Rochas. Amanhã, tem Maracatu Solar, Los Kakos, Val Xavier, Banda Acampamento e, atração mais aguardada, o grupo de reggae Cidade Negra.

Melquíades Júnior
Repórter

Como ocorrem os vulcões?

Existem dois tipos básicos: o explosivo e o não explosivo. O primeiro aparece em pontos onde se chocam as placas tectônicas (os grandes blocos que formam a crosta terrestre) - seu melhor exemplo está nos vulcões que desenham o chamado Cinturão de Fogo, em torno do oceano Pacífico. Esse tipo se caracteriza também pela lava quase sólida, além de expelir poeira e uma mistura de gases e vapor d’água. A lava desse vulcão vem das profundezas da Terra, onde a temperatura elevada derrete a rocha da crosta oceânica e faz com que ela se misture à água do mar. "A presença da água é que faz esse vulcão ser tão explosivo. Conforme a lava sobe, o vapor d’água é liberado da rocha e esbarra numa tampa formada pelo material endurecido da explosão anterior, aumentando a pressão até explodir. Ele pode ser comparado a uma garrafa de bebida gasosa", afirma Caetano Juliani, geólogo da Universidade de São Paulo (USP).
Vulcões não explosivos, como os do Havaí, ficam bem no meio de uma placa tectônica, longe do choque entre elas. Esse tipo surge quando ocorre alguma fissura na crosta terrestre por onde a lava pode escorrer.
Essa lava é mais líquida e incandescente. "É como se o vulcão estivesse localizado embaixo de um maçarico, que faz o material do manto derreter, o magma subir e atravessar a crosta", diz Caetano. Há ainda um outro tipo de vulcão não explosivo, que pode aparecer no fundo do mar, a grandes profundidades. Os vulcões têm reservado surpresas desagradáveis para os seres humanos. Talvez o episódio mais famoso seja o da cidade de Pompéia, na Itália. Ela foi varrida do mapa pelo Vesúvio e seus 2000 habitantes morreram sepultados por uma camada de 8 metros de cinzas no ano 79. As piores catástrofes, porém, são mais recentes. Em 1815, na Indonésia, o Tambora tirou a vida de 92000 vítimas. Em 1985, na Colômbia, o Nevado Del Ruiz matou 23000 pessoas. Embora não possua vulcões hoje, o Brasil já teve suas montanhas de fogo. Nosso vulcão mais antigo já descoberto soltava lava na Amazônia há 1,9 milhão de anos.
Bem antes disso, há cerca de 150 milhões de anos, havia na América do Sul uma grande fissura que ia do estado do Mato Grosso até a Argentina - na região em que hoje corre o rio Paraná. Dessa enorme rachadura, escorreu uma quantidade de lava que se acumulou da cidade de Santos, SP, até a cordilheira dos Andes, na maior atividade vulcânica do planeta na época. Nesse período, a África e a América do Sul estavam se separando e, se a fissura crescesse, uma parte do território sul-americano teria ido parar do outro lado do oceano Atlântico.

Fenômeno dupla face Existem dois tipos de vulcão: explosivos e não explosivos
  A - Até debaixo d’água

Os vulcões não explosivos que existem no fundo dos oceanos, apesar de pouco conhecidos, são muito comuns. Eles surgem por causa do movimento das placas tectônicas, que abre enormes fissuras na crosta terrestre
B - Montanhas de lava

As fissuras abrem caminho para o avanço da lava, formada por rochas derretidas pelas altas temperaturas do interior do planeta. Conforme as placas se movem, com velocidade de até 10 centímetros por ano, essa lava expelida se solidifica e forma enormes cadeias de vulcões, cerca de 2,5 quilômetros abaixo da superfície do mar

Perigo à beira-mar Incidência de vulcões concentra-se no pacífico
 
Existem cerca de 1500 vulcões ativos (os triângulos vermelhos do mapa). A maioria deles se formou no encontro entre as placas tectônicas (assinaladas pelas linhas azuis) - principalmente as que circundam o oceano Pacífico. Por isso, a região é chamada de Cinturão de Fogo. Só a Indonésia tem 127 vulcões em atividade

1 - Trombada subterrânea

O processo de formação de um vulcão explosivo começa quando uma placa tectônica oceânica entra em choque com outra placa e é forçada a mergulhar em direção ao interior da Terra
2 - Temperatura máxima

Conforme a profundidade aumenta, a temperatura sobe (devido ao calor interno do planeta) até a rocha derreter. A rocha derretida vai se misturar com água e formar bolhas embaixo da terra
3 - Passagem forçada

Se as tais bolhas forem grandes o suficiente, podem forçar a passagem para cima através da crosta terrestre. Conforme elas sobem, vão se resfriando e liberando vapor d’água e outros gases que estavam presos na rocha
4 - Panela de pressão

Como o vulcão fica tampado pelo acúmulo de lava solidificada de explosões anteriores, os gases vão se acumulando. Quando a pressão se torna forte o suficiente, a tampa do vulcão rompe e ele explode
5 - Restos da explosão

Esse tipo de vulcão lança, em vez de lava líquida, detritos de rocha quente e poeira. É o acúmulo desse material que, aos poucos, vai formando a montanha do vulcão e sua cratera.

 Fonte: Revista Mundo Estranho.

Qual é o peso da Terra?

Nenhum! Para começo de conversa, é preciso entender a diferença entre peso e massa. O que normalmente chamamos de peso - o número de quilogramas exibido quando subimos na balança - é, na verdade, nossa massa: a quantidade de matéria de que somos constituídos. Já a definição correta de peso é a atração entre um objeto qualquer e a Terra - portanto, essa atração não pode ser calculada em relação a ela mesma. A massa do planeta, sim, pode ser calculada por meio das leis da Física descobertas por Isaac Newton. Foi ele quem percebeu que a atração entre dois corpos no espaço é afetada por suas massas e pela distância entre eles, estabelecendo a lei da gravitação universal. Segundo ela, um mesmo objeto pode ser atraído por uma força na Terra (seu peso) e por outra menor na Lua, que tem massa menor.
"O cálculo da massa terrestre - igual a 6 x 1024 kg - foi resolvido em 1798 por Henry Cavendish, cientista inglês que partiu das leis de Newton", diz Eder Cassola Molina, do Intituto Astronômico e Geofísico da USP.

Fonte: Revista Mundo Estranho.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O CONCEITO DE REGIÃO DENTRO DAS CONSEPÇÕES GEOGRÁFICAS

Dentro das discurssões  geográficas o conceito de Região sempre foi colocado em pauta, pois existem muitas controvérsias sobre este termo. Para que esta discurssão possa ter fundamento é preciso que estejamos por dentro dos diversos contextos e significações que o termo ao qual discutiremos tem historicamente dentro da política, da economia e da cultura como um todo.
A palavra Região deriva do latim regere, palavra composta pelo radical reg, que deu origem a outras palavras como: regente, regência, regra etc. No Império Romano, este termo era designado para indicar áreas que mesmo pertencentes a uma administração, estavam subordinadas as regras e a hegemonia de Roma, ou seja, estava sujeita a ordens superiores. Na linguagem cotidiana, ou seja, a do senso comum, a noção de região parece existir relacionada a dois princípios fundamentais: o de localização e o de extensão.
A região tem também um sentido bastante conhecido como unidade administrativa, sendo por meio da divisão regional de um espaço, que é exercido a hierarquia e um controle por parte do grupo administrativo do estado. Na Idade Media as divisões administrativas foram as primeiras formas de divisão territoriais presentes nos mapas da época. Na Geografia, o uso desta noção de Região é um pouco mais complexa, pois ao tentarmos fazer dela um conceito científico, herdamos as indefinições e a força de seu uso na linguagem comum e uma das alternativas encontradas pelos geógrafos foi a de adjetivar a noção de região para assim diferenciá – la de seu uso pelo senso comum.
Fruto de todas estas discurssões  nasce o conceito de Região Natural e Região Geográfica, posteriormente defendidas por pensadores e escolas com visões diferenciadas; criando assim denominações como: Determinismo e Possibilismo, como também de diversas correntes de pensamento que tentam dar um significado para o que se denomina de região.
a)                             Geografia Tradicional – fundamentada no Positivismo Clássico, apresenta empirismo exacerbado com forte carga naturalista; limitando - se a descrição dos fenômenos e não ao seu questionamento; defende a neutralidade do pensamento. Apresenta visão fragmentada do saber e discute a relação homem-natureza não considerando as relações sociais e as contradições que delas resultam.
b)                            Determinismo Geográfico (Escola Alemã) -  considera que o meio natural exerce ação dominadora sobre o homem, colocando-o como ser passivo perante a natureza, ou seja, o homem é um produto do meio em que vive. Justifica a expansão territorial  - teoria do espaço vital – Frederico Ratzel. A natureza influencia diretamente na riqueza ou no empobrecimento de uma sociedade.
c)                              Possibilismo (Escola Francesa)  - considera que o homem é um elemento ativo no meio natural podendo modifica-lo, adaptando-o as suas necessidades  - o homem modifica o meio. Desmascara o expansionismo alemão. Apresenta um tom mais liberal. O objetivo maior da geografia é o estudo regional – Vidal de La Blache. A superação da pobreza ocorre  a partir do contato com a civilização. Fundamenta-se no provérbio popular de que o meio ambiente propõe e o homem dispõe. A  região  natural não pode ser o quadro e o fundamento da geografia, pois o ambiente não é capaz de explicar tudo.
d)                            Geografia Crítica – critica a geografia tradicional e propõe uma geografia baseada nos ensinamentos marxistas e no método dialético. Surge  a partir dos anos 60. O centro da preocupação passa a ser as relações sociedade-trabalho-natureza na produção do espaço geográfico. Está centrada nas relações de trabalho, nas explicações econômicas, na denúncia das injustiças sociais e na politização do discurso geográfico em defesa da transformação da realidade  social. Não considera a dimensão subjetiva e afetiva das relações sociais, ou seja, as explicações mais plurais.

Hoje já está se falando em uma nova forma de ver os questionamentos geográficos, a partir de uma geografia mais voltada para a amenização e discurssão dos problemas que mais afligem a sociedade; tendo uma marca que a diferencia da Geografia Crítica; levando em conta as dimensões afetivas e subjetivas das relações sociais com o meio ambiente e como o próprio homem, instrumento importante nesta relação, chamada por alguns teóricos de Geografia Humanista.
Portanto, através deste breve relato pude perceber que a discurssões sobre região dentro da geografia não é uma coisa recente, isto já vem vêm sendo feito e aprofundado deste muito tempo atrás e que cabe a nós geógrafos, buscar discutir e compreender todas as discurssões e ensinamentos sobre a região, já que ela é o foco de estudo do pensamento geográfico. Enquanto não nos dispormos a fazer estas reflexões, estaremos deixando de lado todo o objetivo ao qual nos propomos ao entrar na academia para aprofundar ainda mais os nossos conhecimentos e concepções sobre as temáticas geográficas.          

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Royalties de petróleo rendem 30% menos em julho ao CE

A diminuição da arrecadação com a compensação financeira foi puxada pelas receitas pagas à Capital

O Ceará começou o segundo semestre do ano com um resultado menor na arrecadação de royalties de petróleo. Estas compensações financeiras renderam ao Estado e aos municípios cearenses um montante de R$ 2,8 milhões neste mês de julho, valor que é inferior em 30,5% ao registrado em igual mês de 2010. Uma significativa queda nos recursos destinados à Capital justificaram o resultado.

Neste mês de julho, Fortaleza recebeu apenas R$ 94,5 mil em royalties, ou seja, nada menos que R$ 1,23 milhão abaixo que o recebido no mesmo período do ano passado. Este é o menor valor repassado à Cidade neste ano com este tipo de compensação financeira.

Oscilação

A arrecadação da capital tem se comportado de forma bastante variável ao longo do 1º semestre de 2011, começando com R$ 100 mil e depois saltando para uma média de 1,5 milhão entre os meses de fevereiro e março, para após isso voltar ao patamar de R$ 100 a R$ 150 mil.

A queda observada em Fortaleza representou praticamente toda a redução registrada no mês na arrecadação cearense, que foi de R$ 1,27 milhão em relação a julho passado, quando o Ceará recebeu R$ 4,1 milhões.

O restante da conta negativa é completada por pequenos decréscimos entre os outros municípios beneficiários, tendo, inclusive, alguns deles registrado alta no mês.

Do total recebido pelo Ceará em julho, R$ 1,12 milhão foi destinado ao Estado e os outros R$ 1,77 milhão restantes foram para os municípios. O Estado teve, inclusive, uma pequena alta em relação a julho de 2010, de R$ 50 mil.

Maiores beneficiários

Neste mês, o município que obteve os maiores benefícios com royalties de petróleo foi Maracanaú, com R$ 644,6 mil. A cidade já acumula um volume de R$ 6,0 milhões ao longo destes sete meses do ano.

O restante dos beneficiários ficam bem distante do patamar de Maracanaú, ficando o segundo colocado com R$ 174,7 mil, que é o caso de Aracati.

Depósito judicial

Este, todavia, pode ser considerado o maior beneficiado do Ceará, se levados em consideração os recursos que chegam à sua administração municipal através de depósito judicial. No mês de julho, este depósito chegou a R$ 562,1 mil, contabilizando R$ 5,6 milhões só com estas transferências.

Os depósitos sob juízo a Aracati se explicam pelo fato de que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) nega que um ponto de entrega de derivados de petróleo na localidade, denominado "city gate", possa garantir os royalties.

Em relação a junho do ano passado, o comportamento da arrecadação de royalties em julho também foi de queda, com uma diminuição de 14,2%.

Acumulado do ano

Contudo, no acumulado de 2011, o saldo ainda é positivo: o incremento chega a 6,2% sobre igual período do ano passado. De janeiro a julho deste ano, foram R$ 24 milhões, sobre R$ 22,6 milhões no mesmo intervalo de tempo em 2010.

Entretanto, com a redução nos benefícios deste mês, a diferença dos ganhos destes sete primeiros meses sobre os do ano passado ficou bem menos expressiva. Se até junho, a arrecadação havia sido 14% superior, esse acréscimo agora é de somente 6,2%.

GASOLINA
Gabrielli nega ter falado em aumento no preço

Rio O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, negou ontem que esteja em estudo aumentar em breve o preço da gasolina. Ele disse não ter falado sobre isso em entrevista ontem. "Eu não disse isso. Acabei de ouvir no CD. Não disse isso na entrevista. O que eu disse foi o seguinte: ´Nós temos um estrangulamento físico na capacidade de crescer a produção de gasolina no Brasil. Nossas refinarias estão no limite da capacidade. Nós não temos como. A não ser que entrem novas unidades, não é possível produzir mais gasolina. Pode produzir outras coisas. Diesel, estamos produzindo mais. Mas não podemos produzir mais gasolina".

Em consequência, acrescentou Gabrielli, "se houver um aumento da demanda, como não vai faltar gasolina no Brasil, vai haver importação da gasolina".

"Aí foi perguntado se vai haver variação de preço. Eu disse: ´não´. Evidentemente, se em algum momento os preços internacionais ficarem estáveis, relativamente estáveis, porque nunca vão ficar totalmente estáveis, vamos precisar alterar os preços domésticos. Mas não disse que isso é agora, amanhã, daqui a dois anos, dois meses. Não disse nada disso".

Ele afirmou ainda que a Petrobras desde 2003 acompanha o preço internacional no longo prazo. "Vamos continuar acompanhando isso no longo prazo no mercado brasileiro. Não sei (em quanto tempo será preciso reajustar a gasolina). Depende da variação".

Saldo

2,8 Milhões de reais foram arrecadados pelo Estado e seus municípios neste mês, R$ 1,27 milhão a menos que julho de 2010




Fonte: Coluna Negócios do Jornal Diário do Nordeste.

terça-feira, 26 de julho de 2011

MMA financia iniciativa para recomposição florestal

Projeto Roça sem Queimar busca a preservação ambiental com a produção de alimentos e a geração de renda nos municípios paraenses de Medicilândia e Brasil Novo
O projeto Roça sem Queimar completa 11 anos levando alternativas sustentáveis ao uso do fogo nas propriedades dos municípios paraenses da região da BR Transamazônica. Com apoio do Ministério do Meio Ambiente, o projeto agora entra em uma nova fase: criar alternativas para a recomposição florestal, aliando preservação ambiental com a produção de alimentos e geração de renda.
O Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA/MMA) está investindo R$ 427 mil no chamado Roça III, nos municípios de Medicilândia e Brasil Novo, maiores produtores de cacau do Pará. O projeto será desenvolvido pelos sindicatos de trabalhadores rurais dos dois municípios, em parceria com a Embrapa, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Universidade Federal do Estado do Pará e Emater.
Com base na dinâmica da floresta, o objetivo do Roça III é plantar na mesma área espécies agrícolas junto com castanheira, seringueira, açaizeiro, cacaueiro e laranjeira, aproveitando o potencial extrativista dessas espécies. "Dessa forma, criamos o ambiente propício para essas espécies, onde cada árvore tem seu papel, assim como na floresta", explica o técnico agrícola Francisco Monteiro, um dos idealizadores do projeto. "Sem o uso do fogo, protegemos o solo, e a vegetação da área do roçado vira adubo, o que serve como controle biológico, evitando pragas", completa.
O Roça III começou a ser colocado em prática no final de 2010, quando foram plantadas mais de 100 mil mudas de espécies florestais e agrícolas. Elas foram plantadas em um hectare de 60 fazendas selecionadas em Medicilândia e Brasil Novo. Com base em princípios agroecológicos, o Roça sem Queimar substituiu os usos de insumos químicos e do fogo na propriedade.
Além da redução do desmatamento, o projeto incentiva a recomposição do passivo ambiental e promove a regularização ambiental das propriedades da agricultura familiar. As famílias participantes do Roça sem Queimar recebem as mudas e, uma vez por mês, a visita de técnicos.
Inovação - O PDA financia iniciativas inovadoras que podem ser replicadas em outras localidades. No caso do Roça III, a ideia é disseminar a experiência nos municípios alvo da Operação Arco Verde, que busca alternativas sustentáveis para os 43 municípios onde foram registrados os maiores índices de desmatamento em 2008.
O resultado do projeto também será colocado em um manual de boas práticas. Duas mil cartilhas serão distribuídas para agricultores, entidades de ensino, pesquisa, extensão rural e de crédito. O Roça III termina no primeiro semestre de 2012.

Fonte: ASCOM (MMA).

MMA seleciona projetos na Mata Atlântica até 30 de julho

Está aberta Chamada Pública para seleção de projetos voltados à promoção das cadeias de produtos da sociobiodiversidade. Serão investidos R$ 640 mil em iniciativas de pesquisa e diretrizes para manejo sustentável do fruto da juçara, erva-mate e pinhão e de promoção da cadeia de valor do pinhão no centro-sul do estado do Paraná e região metropolitana de Curitiba.
Poderão participar organizações sem fins lucrativos com mais de 12 meses de existência legal. O edital está disponível no endereço www.mma.gov.br/pda e as propostas devem ser enviadas até o próximo dia 30 de julho.
Os temas que serão financiados inserem-se nas ações de implementação do Plano Nacional para Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), coordenado conjuntamente pelos ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e pela Conab.
A Chamada é conduzida pelo Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA), do Ministério do Meio Ambiente.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

Ação pelo meio ambiente

Um dos destaques do fim de semana, para adolescentes do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, foi a plantação de mudas nativas, entre atividades em diversas áreas
FOTO: ANTÔNIO KENNEDY
Adolescentes participam de encontro, em Capuan, Distrito de Caucaia e participam de atividades ambientais

Caucaia. Jovens de 12 a 18 anos participaram de encontro promovido, neste último fim de semana, pelo Departamento de Educação do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal (UDV), Núcleo Fortaleza, Distrito de Capuan, neste Município. A programação constou de atividades de Educação Ambiental, com plantio de mudas nativas, palestras sobre sexualidade e primeiros socorros, gincanas e luau com dinâmicas de integração entre monitores e participantes.

O encontro teve início com uma reflexão sobre a importância da Educação Ambiental para a coletividade. Os participantes assumiram o compromisso com uma prática de relações mais sustentáveis para o planeta, plantando mudas de espécies nativas da região, no sítio onde funciona a sede da UDV .

A palestra sobre sexualidade foi proferida pelo médico ginecologista, Luis Carlos Weyne, também sexólogo. Após dinâmica para integração do grupo, os jovens refletiram sobre uma prática sexual responsável e saudável. Luis Carlos destacou a importância de aspectos básicos como o reconhecimento dos papéis sexuais na sociedade, bem como a necessidade de se conhecer os riscos provenientes da falta de maturidade para uma prática sexual sadia, consciente e segura.

Primeiros Socorros

O tenente coronel e médico do Corpo de Bombeiros, Benjamin Andrade, destacou em sua palestra sobre Noções Básicas de Primeiros Socorros, que não se pode falar em emergência sem pensar em prevenção. "Para se ter segurança, não basta ter boa vontade, é preciso ter cuidado", afirmou. Na ocasião, os jovens fizeram exercícios de simulação de emergência, utilizando um boneco como base para os procedimentos básicos.

Na noite de sábado, os jovens e monitores participaram de um luau em volta da fogueira, com jogos de interação e convivência fraterna. "O trabalho em equipe e a convivência com a diferença do outro são fundamentais para o desenvolvimento social e individual", ressaltou Marniele Brasil, uma das coordenadora do Departamento de Educação.

Também coordenadora do mesmo departamento, Vangler Ricca, avalia que os encontros deste porte são positivos no sentido que fortalecem a base das relações de amizade e companheirismo, fortalecendo as relações sociais e fraternas.

De acordo com o Mestre Representante da UDV - Núcleo Fortaleza, médico Tadeo Feijão, é importante estimular o convívio saudável entre os jovens. "Queremos que nossos jovens tenham práticas saudáveis de vida. Assim, estamos contribuindo para a nossa maior riqueza que é uma nova maneira de pensar o planeta", disse ele, complementando que, "a maneira como a gente se insere na vida é que vai determinar nossa relação com o grupo".

Para a estudante, Marina Rodrigues, "exercitar a convivência e o respeito em grupo são importantes para fortalecer as relações na sociedade e encaminhar os jovens nas decisões mais acertadas do futuro".

Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.