Projeto de criação de tilápias em tanques-redes, na bacia do Açude Orós, no Sítio Boa Vista do Jiqui, em Quixelô |
Aatividade pesqueira está em plena expansão, garantindo emprego e ampliando a renda do sertanejo do Ceará
Quixelô Depois de experiências exitosas de criação de tilápia em tanques-redes em Orós, Várzea Alegre e Lavras da Mangabeira, chegou a vez deste Município, localizado na região Centro-Sul, colher os frutos de três projetos de piscicultura que foram implantados em 2010. A atividade está em expansão, gera emprego no sertão e amplia a renda familiar do sertanejo.
Os projetos foram implantados nas localidades de Ilha Grande, Boa Vista e Jequi, em águas da bacia do Açude Orós, beneficiando 44 famílias. O clima entre os antigos pescadores artesanais, que agora são produtores de tilápia em cativeiro, é de contentamento e disposição para o trabalho.
Diariamente, eles acompanham 340 gaiolas em produção. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura do Município, desde outubro passado que mensalmente são produzidas 10 toneladas em cada projeto. Em média, cada unidade do pescado pesa 750 gramas. O peso é ideal e abre as portas do mercado consumidor na região e também em Fortaleza.
A renda média mensal das famílias beneficiadas com a atividade é de R$ 500,00. "Todos estão satisfeitos e os projetos já estão em expansão", anunciou a secretária de Agricultura do Município, Marta Rocha. "Até o fim deste ano vamos dobrar a produção e o número de pessoas atendidas no projeto". Outras comunidades a serem atendidas são Córrego e Vassouras.
Nesta semana, foram coletados 25 mil quilos de pescado. Houve festa e mobilização nas três comunidades. "É um projeto que está dando certo", comemorou a presidente da Associação dos Aquicultores de Quixelô, Gessilene Josino de Araújo. O aumento do consumo de pescado na Semana Santa contribuiu para a venda de todo o estoque de tilápia nas gaiolas.
O projeto de piscicultura foi financiado pelo Banco do Brasil, por meio do programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), com recursos oriundos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os produtores dispõem de dois anos de carência e cinco anos para liquidarem o financiamento. A parcela anual é de R$ 27 mil.
A ação faz parte do plano de desenvolvimento do Município, implantado na administração atual. "Temos projetos produtivos de piscicultura e frutíferas que estão caminhando com sucesso, gerando emprego e renda no campo", frisou o prefeito Gilson de Souza. "O nosso esforço é para ampliar a produção e retirar o atravessador da intermediação das vendas".
Uma equipe do Projeto São José, do Governo do Estado, visitou esta semana as três comunidades produtoras de tilápia em cativeiro. O Município apresentou a necessidade de ampliação dos projetos a partir da aquisição de uma fábrica de gelo, de unidade de beneficiamento, câmara frigorífica, de estocagem e de um veículo utilitário para o transporte e comercialização do pescado.
A ideia é agregar valor ao produto. Além da venda do pescado "in natura", serão produzidos filés, bolinhas, linguiças e outros derivados. "Com essas ações, a renda das famílias produtoras vai aumentar", prevê Marta Rocha. "A nossa expectativa é de crescimento". Os grupos também vendem o pescado para a merenda escolar por meio de programa de apoio à agricultura familiar.
Sensibilização
Antes de o projeto ser implantado, houve reuniões de sensibilização dos pescadores artesanais, acostumados a retirar do Açude Orós o sustento da família, mas de forma precária. O êxito da nova atividade exige organização dos grupos, noções de gerenciamento, divisão de trabalho e gestão de negócios. Os produtores foram capacitados por meio de treinamentos ofertados pelo Sebrae, CVT e o programa DRS. É uma exigência do Banco do Brasil para a liberação dos recursos.
Os produtores visitaram outros projetos de piscicultura no Açude Castanhão e em outros reservatórios da região. "No início, não acreditávamos, havia medo de não dar certo, mas vimos que é viável", comentou a presidente da Associação de Produtores de Ilha Grande, Derlange Soares.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Agricultura do Município de Quixelô
R. Pedro Gomes de Araújo, S/N, Centro
Telefone: (88) 3579. 1210
Honório Barbosa (Repórter)
Quixelô Depois de experiências exitosas de criação de tilápia em tanques-redes em Orós, Várzea Alegre e Lavras da Mangabeira, chegou a vez deste Município, localizado na região Centro-Sul, colher os frutos de três projetos de piscicultura que foram implantados em 2010. A atividade está em expansão, gera emprego no sertão e amplia a renda familiar do sertanejo.
Os projetos foram implantados nas localidades de Ilha Grande, Boa Vista e Jequi, em águas da bacia do Açude Orós, beneficiando 44 famílias. O clima entre os antigos pescadores artesanais, que agora são produtores de tilápia em cativeiro, é de contentamento e disposição para o trabalho.
Diariamente, eles acompanham 340 gaiolas em produção. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura do Município, desde outubro passado que mensalmente são produzidas 10 toneladas em cada projeto. Em média, cada unidade do pescado pesa 750 gramas. O peso é ideal e abre as portas do mercado consumidor na região e também em Fortaleza.
A renda média mensal das famílias beneficiadas com a atividade é de R$ 500,00. "Todos estão satisfeitos e os projetos já estão em expansão", anunciou a secretária de Agricultura do Município, Marta Rocha. "Até o fim deste ano vamos dobrar a produção e o número de pessoas atendidas no projeto". Outras comunidades a serem atendidas são Córrego e Vassouras.
Nesta semana, foram coletados 25 mil quilos de pescado. Houve festa e mobilização nas três comunidades. "É um projeto que está dando certo", comemorou a presidente da Associação dos Aquicultores de Quixelô, Gessilene Josino de Araújo. O aumento do consumo de pescado na Semana Santa contribuiu para a venda de todo o estoque de tilápia nas gaiolas.
O projeto de piscicultura foi financiado pelo Banco do Brasil, por meio do programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), com recursos oriundos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os produtores dispõem de dois anos de carência e cinco anos para liquidarem o financiamento. A parcela anual é de R$ 27 mil.
A ação faz parte do plano de desenvolvimento do Município, implantado na administração atual. "Temos projetos produtivos de piscicultura e frutíferas que estão caminhando com sucesso, gerando emprego e renda no campo", frisou o prefeito Gilson de Souza. "O nosso esforço é para ampliar a produção e retirar o atravessador da intermediação das vendas".
Uma equipe do Projeto São José, do Governo do Estado, visitou esta semana as três comunidades produtoras de tilápia em cativeiro. O Município apresentou a necessidade de ampliação dos projetos a partir da aquisição de uma fábrica de gelo, de unidade de beneficiamento, câmara frigorífica, de estocagem e de um veículo utilitário para o transporte e comercialização do pescado.
A ideia é agregar valor ao produto. Além da venda do pescado "in natura", serão produzidos filés, bolinhas, linguiças e outros derivados. "Com essas ações, a renda das famílias produtoras vai aumentar", prevê Marta Rocha. "A nossa expectativa é de crescimento". Os grupos também vendem o pescado para a merenda escolar por meio de programa de apoio à agricultura familiar.
Sensibilização
Antes de o projeto ser implantado, houve reuniões de sensibilização dos pescadores artesanais, acostumados a retirar do Açude Orós o sustento da família, mas de forma precária. O êxito da nova atividade exige organização dos grupos, noções de gerenciamento, divisão de trabalho e gestão de negócios. Os produtores foram capacitados por meio de treinamentos ofertados pelo Sebrae, CVT e o programa DRS. É uma exigência do Banco do Brasil para a liberação dos recursos.
Os produtores visitaram outros projetos de piscicultura no Açude Castanhão e em outros reservatórios da região. "No início, não acreditávamos, havia medo de não dar certo, mas vimos que é viável", comentou a presidente da Associação de Produtores de Ilha Grande, Derlange Soares.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Agricultura do Município de Quixelô
R. Pedro Gomes de Araújo, S/N, Centro
Telefone: (88) 3579. 1210
Honório Barbosa (Repórter)
Fonte: Texto Publicado na Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste em 23/04/11.
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