O gás carbônico borbulha de fendas vulcânicas e eleva a acidez da água - Foto: David Liittschwager |
O Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO) divulgou em junho um relatório que prevê a extinção em massa da vida marinha em escala global, sem precedentes na história humana, caso nenhuma atitude seja tomada para reduzir o impacto ambiental negativo sobre o ambiente oceânico.
O estudo marcou o primeiro encontro internacional de cientistas marinhos, que aconteceu na Universidade de Oxford em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Eles se reuniram com o propósito de identificar o impacto cumulativo das ameaças oceânicas: a acidificação, a pesca desenfreada e o aquecimento global.
A perda de espécies e de ecossistemas marinhos inteiros foi a conclusão a que chegaram os 27 participantes de 18 organizações de seis países. Para respaldar a tétrica previsão, foram levados em conta diversos fatores de agressão à vida oceânica.
A preocupação principal é o aquecimento e a acidificação dos oceanos, que provocam hipóxia, a diminuição da quantidade de oxigênio no ambiente aquático.
Nesse contexto, a rapidez com que têm acontecido mudanças negativas no oceano, que se aproximam ou superam os piores cenários previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram que a situação é pior do que se imaginava.
Além disso, foi estabelecido que a magnitude do impacto cumulativo das ações humanas é maior do se sabia. Já a capacidade de recuperação do oceano se reduz com ações como poluição, pesca desenfreada e destruição de habitat.
Mas nem toda a publicação é fúnebre: o relatório elenca algumas medidas que podem ajudar a reverter este quadro. Entre as soluções propostas estão a redução imediata das emissões de carbono na atmosfera, a tomada urgente de ações para restaurar e estruturar o funcionamento de ecossistemas marinhos, a implementação de regras universais que evitam atividades prejudiciais aos oceanos, além da introdução no Conselho de Segurança da ONU de um órgão de fiscalização oceânica para além da jurisdição dos países.
Fonte: National Geographic Brasil.
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