Este blog é direcionado para os alunos da Escola Municipal Genildo Miranda no Sítio Lajedo em Mossoró-RN, para os alunos da Escola Estadual Rui Barbosa no município de Tibau-RN, para todos aqueles amantes da Educação Geográfica e também para os que se propõem a discussão de uma Educação contextualizada.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Santiago, capital do Chile, está com nível alto de poluição atmosférica - Foto: Getty Images
A prefeitura de Santiago, capital do Chile, decretou nesta segunda-feira (27) estado de pré-emergência ambiental por causa do alto nível de poluição atmosférica.
A medida implica na restrição de circulação de 20% dos veículos na cidade (cerca de 310 mil veículos) e paralisação de cerca de 800 indústrias. Também está proibido o uso de calefação a lenha ou biomassa.
As estações de monitoramento apresentaram níveis de poluição entre 300 e 500 microgramas por metro cúbico de partículas nocivas à saúde. A falta de chuvas no outono foi um dos fatores que piorou a situação.

Por Kátia Arima (National Geographic Brasil).

Plantas da mesma espécie competem entre si.

Pesquisadora analisou pés de ervilha - Foto: Getty Images
Uma pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) concluiu que o crescimento das raízes das plantas pode ser influenciado pela presença de plantas vizinhas.
O estudo foi realizado pela bióloga Francynês da Conceição Oliveira Macedo, no laboratório de Estresse e Neurofisiologia de Plantas do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, no campus de Piracicaba (SP).
Francynês observou, durante 29 dias, pés de ervilha dentro de uma câmara. O objetivo era verificar se as raízes de ervilha apresentam crescimento diferenciado quando há por perto raízes de outras plantas, para verificar a capacidade de reconhecimento.
Na primeira parte do experimento, os pesquisadores utilizaram três vasos com junções entre si. Cada vaso teve raízes de plantas diferentes competindo por recursos. Nessas condições, as três plantas apresentaram crescimento diferenciado entre si. Além disso, um dos lados da raiz cresceu mais que o outro. Segundo a pesquisadora, as plantas detectam suas vizinhas e competem por recursos ativamente, mesmo que apresentem alto grau de parentesco.
Na segunda parte do experimento, em que cada planta ficou em apenas um vaso, as três cresceram de maneira uniforme, com o mesmo tamanho de raiz e da parte aérea. Fazendo a comparação entre os dois experimentos, a pesquisadora percebeu que as plantas que crescem em competição apresentaram maior crescimento do que as que foram plantadas isoladas em um vaso. 
 
Por: Kátia Arima (National Geographic Brasil).

Situação dos oceanos é pior do que se pensava, diz relatório

O gás carbônico borbulha de fendas vulcânicas e eleva a acidez da água - Foto: David Liittschwager
O Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO) divulgou em junho um relatório que prevê a extinção em massa da vida marinha em escala global, sem precedentes na história humana, caso nenhuma atitude seja tomada para reduzir o impacto ambiental negativo sobre o ambiente oceânico.
O estudo marcou o primeiro encontro internacional de cientistas marinhos, que aconteceu na Universidade de Oxford em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).  Eles se reuniram com o propósito de identificar o impacto cumulativo das ameaças oceânicas: a acidificação, a pesca desenfreada e o aquecimento global. 
A perda de espécies e de ecossistemas marinhos inteiros foi a conclusão a que chegaram os 27 participantes de 18 organizações de seis países. Para respaldar a tétrica previsão, foram levados em conta diversos fatores de agressão à vida oceânica.
A preocupação principal é o aquecimento e a acidificação dos oceanos, que provocam hipóxia, a diminuição da quantidade de oxigênio no ambiente aquático.
Nesse contexto, a rapidez com que têm acontecido mudanças negativas no oceano, que se aproximam ou superam os piores cenários previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram que a situação é pior do que se imaginava.
Além disso, foi estabelecido que a magnitude do impacto cumulativo das ações humanas é maior do se sabia. Já a capacidade de recuperação do oceano se reduz com ações como poluição, pesca desenfreada e destruição de habitat.
Mas nem toda a publicação é fúnebre: o relatório elenca algumas medidas que podem ajudar a reverter este quadro. Entre as soluções propostas estão a redução imediata das emissões de carbono na atmosfera, a tomada urgente de ações para restaurar e estruturar o funcionamento de ecossistemas marinhos, a implementação de regras universais que evitam atividades prejudiciais aos oceanos, além da introdução no Conselho de Segurança da ONU de um órgão de fiscalização oceânica para além da jurisdição dos países.

Fonte: National Geographic Brasil.

domingo, 26 de junho de 2011

Icapuí pode desaparecer em 50 anos devido ao avanço do mar

 
Em matéria publicada no jornais O Globo e Extra do Rio de Janeiro sobre o avanço do Mar no Ceará, que que está avançando cerca de 10 metros por ano, diz que se não adotarem medidas para conter o avanço do mar o município de Icapuí pode desaparecer em meio século, ou seja, cinquenta anos. Leia a reportagem abaixo:

Mar avança dez metros por ano e ameaça praias do Ceará

25/06 às 19h20 Isabela Martin (isabela.martin@oglobo.com.br)
FORTALEZA - Com 573 quilômetros de litoral, o Ceará é um dos destinos preferidos de turistas, que são atraídos pela beleza de suas praias. Mas parte desse patrimônio pode sumir nos próximos dez anos se não forem adotadas medidas para conter a fúria do mar, que, em determinados trechos, avança em média dez metros por ano.

A conclusão é de um estudo do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará. Segundo o diretor da instituição, Luiz Parente, há indícios de erosão em 90% do litoral cearense, mas até hoje foram realizadas intervenções em apenas 15 dos 573 quilômetros da costa. O problema, diz o pesquisador, afeta também todas as capitais litorâneas do país.

No litoral Leste, a situação é pior nas praias de Caponga, em Cascavel, e Barreira, em Icapuí — município que pode desaparecer em meio século, engolido pelo mar. No Oeste, as praias mais afetadas são Morgado, em Acaraú, e Icaraí, em Caucaia.

A erosão costeira tem causas múltiplas, mas a ocupação desordenada do território responde por 70% do problema. Depois vêm as razões climáticas: no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Maranhão, o vento tem mais impacto no avanço do mar do que a elevação do nível do mar provocada pelo degelo, por exemplo, pois ele tira areia das praias para a formação de dunas, agravando a erosão.

— Em função dos ventos, o nível do mar chega a subir, sazonalmente, um metro e vinte centímetros por ano — diz Parente.

Fonte: O GLOBO

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Quantas camadas tem a atmosfera e quais as diferenças entre elas?

Ela possui cinco camadas, divididas por um critério: as variações de temperatura. Além disso, as três primeiras camadas - troposfera, estratosfera e mesosfera - formam a chamada homosfera, onde predomina a mesma composição química do ar: basicamente nitrogênio (78%) e oxigênio (21%). As mudanças na temperatura que as definem são causadas pela radiação solar e suas interações com o solo (a maior fonte de calor da atmosfera) e as partículas do ar. "Na verdade, essas divisões não são rígidas, porque a atmosfera é uma estrutura complexa e pode ser classificada de formas diferentes, mas cada região tem uma série de características em comum", diz Robert Clemesha, meteorólogo do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São Carlos. Fora a homosfera, há mais uma camada que se sobrepõe às cinco divisões da atmosfera - a ionosfera, que começa a 80 quilômetros de altitude e termina junto com a exosfera.
Essa camada foi definida por outra característica: é onde a energia do Sol quebra as moléculas de ar, formando os íons, partículas com carga elétrica positiva ou negativa. A atmosfera, principalmente as duas primeiras camadas, é onde ocorrem os fenômenos climáticos. "A diferença de temperatura no Equador, onde a incidência de raios solares é maior, e nos pólos, causa o movimento dos ventos", diz Pedro Dias, meteorologista do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. A espessura da atmosfera sobre a Terra pode ser comparada, proporcionalmente, à casca de uma maçã. Mas, sem ela, o planeta seria tão inóspito quanto a Lua. A atmosfera fornece ar e água para os seres vivos, mantém o planeta aquecido e nos protege dos raios solares e de meteoritos.
 
O céu que nos protege A variação da temperatura é o critério da divisão e da classificação atmosféricas
 
500 km

EXosfera - A última camada, na transição entre a atmosfera e o espaço, já está no vácuo. Por isso, aqui não existem mais os fenômenos de temperatura. Essa é a única camada sem tamanho definido: ela vai terminando gradualmente.

500 km -90ÞC a 1000ÞC

Termosfera - O ar aqui é tão rarefeito que as partículas podem se movimentar com toda a liberdade, sem se chocar com outras. Isso aumenta sua energia cinética e a temperatura, que chega a um pico de 1000ÞC
100 km 0ÞC a -90ÞC.

Mesosfera - Nessa camada não há mais nenhuma fonte de calor, e a temperatura volta a cair com a altitude

50 km 0ÞC a -60ÞC

Estratosfera - Aqui a temperatura sobe com a altitude por causa do ozônio, que absorve os raios ultravioleta

13 km 15ÞC a -60ÞC
Troposfera - Na primeira camada, a temperatura cai conforme nos afastamos da superfície, aquecida pelos raios solares

Fonte: Revista Mundo Estranho.

Qual é o máximo de habitantes que a Terra suporta?

Muita gente já tentou fazer essa conta, mas ainda não há resposta definitiva. Desde que o pioneiro Anton von Leeuwenhoek previu, em 1679, que nosso planeta poderia acolher 13,4 bilhões de pessoas, as estimativas variaram entre 1 bilhão e 1 trilhão de pessoas! "Entretanto, dois terços das previsões situam-se entre 4 e 16 bilhões de habitantes. Parece um intervalo confiável para se estabelecer um limite, considerando que o globo comporta diferentes padrões de ocupação", afirma o geógrafo Álvaro Luiz Heidrich, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O fato é que a população da Terra cresceu mais de 40 vezes desde o início da era cristã. No ano 1, estima-se que havia cerca de 150 milhões de pessoas no planeta. Esse número dobrou em 1350, quadruplicou em 1700 e chegou ao primeiro bilhão em 1804.
O grande salto aconteceu no século 20, quando a urbanização e os avanços na medicina fizeram a população saltar de 1,6 bilhão para 6,2 bilhões de pessoas. "E isso levando em conta as grandes epidemias e as guerras, que são os mais importantes fatores capazes de estancar o aumento da população", diz Álvaro. No século 20, o crescimento só diminuiu nas quatro últimas décadas, com a queda na taxa de nascimentos - desde 1965, a média de filhos por mulher caiu de 4,9 para 2,7. Mesmo assim, a cada ano o mundo recebe 77 milhões de pessoas a mais, 97% delas em países subdesenvolvidos. O total de habitantes que ainda cabem no planeta depende de uma combinação de fatores limitantes: a quantidade de alimento que o homem pode produzir, o padrão de vida que a humanidade pode alcançar e uma preservação do meio-ambiente que possa garantir a vida na Terra. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mais provável é que em 2050 tenhamos 9,3 bilhões de pessoas no planeta.
 
Gente demais, gente de menos Planeta tem regiões com formigueiros humanos e áreas quase desabitadas
  ENTRADA VIGIADA

A cada ano, 1 milhão de imigrantes aporta nos Estados Unidos. Na teoria, o país suporta até mais, porque é desenvolvido e possui apenas 29 habitantes por km2. Mas a ameaça de terrorismo e a constante tensão entre imigrantes e nativos fazem das fronteiras americanas as mais vigiadas do planeta.
DILEMA BRASILEIRO

Com 17 habitantes por km2, o Brasil é candidato a receber mais gente, especialmente no Norte. Mas há dois obstáculos: a desigualdade social e o risco ambiental. O país tem 27% das possíveis terras agricultáveis do mundo, mas se elas forem ocupadas, será o fim da Amazônia
OCUPAÇÃO INVIÁVEL
Áreas polares, desertos e montanhas íngremes ocupam um terço da Terra, mas são quase inabitáveis. Nas áreas geladas, os gastos com energia impedem a ocupação. A Antártida, com 8,9% das terras emersas do planeta, só tem 4 mil habitantes
ENCOLHIMENTO EUROPEU
Com baixas taxas de natalidade, a população européia envelhece e até 2050 deve perder 124 milhões de pessoas. O continente é um dos mais povoados do mundo (Bélgica e Holanda têm mais de 300 habitantes por km2), mas ainda pode receber imigrantes na parte ocidental, mais desenvolvida
MONTANHA HUMANA
O Sudeste Asiático e a Ásia oriental compõem o chamado "formigueiro humano". Somadas, as populações de China, Índia, Indonésia, Bangladesh e Paquistão ocupam apenas 11% das terras emersas do planeta, mas respondem por mais de 40% da humanidade. Quase a metade dos novos habitantes do mundo nasce nessa região
SUPERPOPULAÇÃO à VISTA

O norte da África concentra a maior parte das 125 milhões de pessoas do mundo todo que a cada ano migram para outros países. Na chamada África Negra, abaixo do deserto do Saara, o problema é a alta natalidade. Mesmo com a epidemia de AIDS, que ceifou 15 anos da expectativa de vida nas últimas duas décadas, o continente deve ganhar mais 1,2 bilhão de pessoas até 2050

PORTAS FECHADAS

Sabendo que a Austrália tem só 2,4 pessoas para cada km2, dá para imaginar que lá seria um bom lugar para encaixar mais gente. Não é bem assim: nove em cada dez habitantes vivem nas cidades da costa leste porque 66% do território do país é desértico. A Austrália tem 5 milhões de estrangeiros (25% da população), mas limitou o número de imigrantes por causa da crise econômica
Limite não é só espaço Fome e devastação ambiental também barram o crescimento da população.
 
COMIDA MAL DISTRIBUÍDA
Em 1798, o economista inglês Thomas Malthus previu que o crescimento populacional seria limitado pela baixa produção de alimentos. Por enquanto, errou: pelos cálculos da ONU, já há comida para 12 bilhões de pessoas. Mesmo assim, 830 milhões passam fome (95% em países subdesenvolvidos), vítimas da desigualdade, da fraca produção em algumas áreas e da má distribuição de alimentos

APAGÃO MUNDIAL

A quantidade de riquezas produzidas no planeta aumentou oito vezes nos últimos 50 anos. Mas, como o bolo fica concentrado nos países com alto poder de consumo, o resto do mundo sai perdendo. Se a humanidade gastasse energia como os americanos, por exemplo, a Terra não suportaria mais do que 1,2 bilhão de pessoas. Se o padrão energético fosse o chinês, o planeta poderia acolher quase 10 vezes mais habitantes

POLUIÇÃO MORTAL

Ninguém duvida que a degradação ambiental pode impedir o crescimento da população e a própria vida na Terra. Alguns exemplos: desde o século 18, a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou em 30%. A cada ano, 200 mil km2 de terrenos agricultáveis tornam-se imprestáveis e 120 mil km2 de florestas desaparecem. Os efeitos dessas agressões no futuro do planeta são imprevisíveis

Fonte: Revista Mundo Estranho.

Publicações oferecem alternativas para recompor áreas degradadaso

Para o secretário executivo do MMA, Francisco Gaetani, os livros vão ajudar a instrumentalizar as políticas ambientais do País
Que alternativas econômicas podem ser oferecidas a pequenos produtores rurais para a complementação da renda familiar que também podem contribuir para a restauração de áreas degradadas? Que resultados podem ocorrer quando áreas destinadas à preservação são ocupadas pelo homem de maneira irregular?
Para responder a estes questionamentos e contribuir para a elaboração de políticas públicas ambientais, o MMA, a Agência Alemã de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (GIZ), a ONG The Nature Conservancy (TNC) e o WWF Brasil lançaram nesta terça-feira (21/6), em Brasília, as publicações: Pagamentos por Serviços Ambientais na Mata Atlântica - Lições aprendidas e desafios e Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação x Áreas de Risco - O que uma coisa tem a ver com a outra?
Na opinião do secretário executivo do MMA, Francisco Gaetani, os livros vão ajudar a instrumentalizar as políticas ambientais. "Muitas das propostas do MMA precisam de fundamentação e as obras vão dar munição para essas discussões. Os estudos realizados contribuem também para que o ministério avance mais em suas ações, já que queremos aprofundar e qualificar a agenda de preservação e de desenvolvimento sustentável."
Gaetani ressaltou que o MMA deve ter uma agenda positiva de comando e controle de iniciativas, e acrescentou que, em tempos de debate do Código Florestal, mais pessoas estarão conscientes da importância das ações de preservação.
APPS x Áreas de risco
A publicação Áreas de Preservação Permanente x Áreas de Risco - O que uma coisa tem a ver com a outra? faz uma análise de deslizamentos ocorridos em uma área de 6 mil hectares na região serrana do Rio de Janeiro, que foi afetada pelas chuvas no começo de 2011.
Os técnicos do MMA avaliaram 657 deslizamentos ocorridos e constataram que, em 92% dos casos levantados, os acidentes foram ocasionados pela ocupação indevida do homem. Apenas em 8% dos casos não foi possível identificar a pressão antrópica, e nesses locais as áreas estavam mais preservadas.
De acordo com Wigold Schaffer, coordenador do estudo, as regiões mais afetadas são exatamente aquelas que o Código Florestal determina ser protegidas: margens de rios, encostas com alta declividade, áreas nos topos de morros, montanhas e serras. "A constatação é que as áreas protegidas são as que oferecem riscos quando ocupadas. O estudo demonstra que a intervenção antrópica contribuiu para os resultados que ocasionaram em perdas humanas e patrimoniais", disse.
Schaffer contou que as áreas de agricultura consolidadas em APPS também foram muito atingidas. Além da perda da lavoura, da safra e do solo, houve ainda a morte de cerca de 40 agricultores que construíram suas casas dentro de APPs.
O livro mostra, ainda, imagens comparativas das áreas avaliadas antes e depois da tragédia, e demonstra que nos trechos onde as APPS foram preservadas não houve perdas significativas econômicas, de infraestrutura e de vidas humanas.
Pagamentos por Serviços Ambientais
A outra publicação lançada ontem, sobre Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), aborda as 78 iniciativas nas áreas de carbono, biodiversidade e água que já estão em curso na Mata Atlântica. Os projetos contribuem, por exemplo, para a restauração de matas ciliares, proteção e conservação da biodiversidade e ações de conservação e manutenção de recursos hídricos. Além disso, são uma alternativa para complementar a renda de produtores rurais da região, evitando atividades econômicas que comprometam o bioma.
Para Ana Cristina Barros, representante da TNC no Brasil, os pagamentos por serviços ambientais apresentam um potencial de recuperação de 15 milhões de hectares da Mata Atlântica. E ainda podem contribuir para a regularização ambiental dos produtores.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Antílope extinto na natureza é recuperado na Península Arábica

O órix-da-arábia fareja água a quilômetros de distância - Foto: Wikimedia Commons/alisdair
O órix-da-arábia (Oryx leucoryx), um curioso antílope, foi recuperado em seu habitat, após ter sido considerado extinto na natureza, nos anos 1970.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), cerca de mil animais da espécie vivem livres na Península Arábica.
Um programa de reprodução e proteção do órix-da-arábia foi realizado por cerca de trinta anos. A IUCN afirmou que esta ação mostrou a capacidade do animal de se adaptar a condições selvagens extremas, primeiro em Omã, por volta do ano de 1982, e depois nos desertos de Israel, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e, recentemente, na Jordânia.
Algumas características são marcantes no órix-da-arábia, como sua capacidade de farejar água a quilômetros de distância. Ele é muito abordado nas poesias e pinturas árabes e acredita-se que seus dois longos chifres deram origem à lenda do unicórnio.

Fonte: National Geographic Brasil.

Ban Ki-moon diz que desmatamento da Amazônia é uma questão mundial

Área destamatada na Floresta Amazônica - Foto: Getty Images

Ao encerrar ontem (17) visita ao Brasil, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que coibir o desmatamento da Amazônia é uma questão mundial e não somente do Brasil.
O secretário disse ainda que as ações adotadas pelo Brasil para deter a destruição da floresta influenciam toda a estratégia mundial para preservação florestal. "O que o Brasil faz é uma grande diferença para a campanha global contra o desmatamento. Não é um assunto somente do Brasil. É uma questão mundial", disse à imprensa. O secretário reuniu-se hoje com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Durante a entrevista, Ban Ki-moon afirmou que irá se dedicar para o sucesso da Rio+20, conferência internacional que discutirá o desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, sediada no Rio de Janeiro, no próximo ano. O secretário espera que os líderes mundiais tratem o tema com "seriedade", alertando que "podemos não ter muito mais tempo".
Depois do giro pela América do Sul, o sul-coreano destacou o esforço de integração entre os países da região. Além do Brasil, o secretário visitou a Colômbia, Argentina e o Uruguai.
 
Fonte: National Geografphic Brasil.

domingo, 19 de junho de 2011

Vestibulando!

(PUC - SP) A Região Sul se destaca em termos de atividade criatória e entre as regiões brasileiras é a que dispõe do maior rebanho de:
                                
a) bovinos e eqüinos
b) eqüinos e asininos
c) asininos e muares
d)  ovinos e bovinos
e) ovinos e caprinos


(PUC - SP) Entre as explorações tradicionais do Nordeste, aquela tem sido melhor aproveitada pela indústria moderna é a:

a) de algodão mocó.
b) da cana-de-açúcar.
c) do couro.
d) do agrave.
e) da mandioca.

 As respostas referentes as questões postadas no dia 10/06/11 são respectivamente: A e E, E e A.

Produzir um quilo de papel consome 540 litros de água

Já reparou na quantidade de papel que você usa? Ele está em embalagens de produtos, livros, revistas, jornais, canhoto de compras, documentos… Desperdiçá-lo sem qualquer reaproveitamento não é um problema pontual – quanto mais papel é produzido, mais árvores são cortadas, mais água é gasta no processo de produção e mais espaço em lixos e aterros é ocupado.
A produção de papel está entre os processos industriais que mais utilizam água. São necessários 540 litros para produzir um quilo. E para cada tonelada de papel virgem, doze árvores são derrubadas, segundo o Instituto Akatu. Algumas atitudes simples ajudam a economizar. Que tal fazer o seu papel?


Pense para imprimir
Comece imprimindo apenas o que é realmente necessário, como contratos. A WWF criou um programa de computador que propõe evitar esse desperdício causado pelas impressões. Ao criar um documento, você pode salvá-lo na extensão .wwf. Assim, ele fica bloqueado para impressão. Se estiver nesse “formato verde”, vai ser impossível passar pela impressora. Para usar, é preciso baixar um programinha no site Save as WWF. Cerca de 53 mil downloads já foram feitos.
Entenda sua impressora
O texto cortou, a planilha saiu pela metade… e lá se vai um monte de papel até a impressão sair do jeito que você quer. Aprenda a configurar e visualizar a impressão antes de dar o “ok” no botão pra “ver como fica”. Deixar a impressora no modo rascunho também é interessante, pois evita gasto de tinta sem necessidade.
Sem espaços em branco
Se for imprimir muitas folhas, no caso de apostilas, manuais ou textos longos, use os dois lados. Além de economizar papel, o material vai ficar mais leve, mais prático de carregar.
Bloco legal
Bloquinhos de anotação são super úteis: dá pra fazer a lista do supermercado, anotar tarefas do dia, deixar um recado… Faça o seu próprio bloco reutilizando o verso de folhas que já foram usadas.
Recicle
Não dá mais pra reaproveitar o papel usado? Separe-o para reciclagem. Embora o processo também consuma energia, o papel reciclado evita derrubada de mais árvores e consome menos água ao ser produzido.

Fonte: Revista Nova Escola.

MMA vai a Genebra tratar de produtos químicos perigosos

O Brasil vai defender a inclusão de três tipos de substâncias usadas na fabricação de agrotóxicos na Convenção de Roterdã. O endosulfan, alaclor e audicarb. Esse último compõe o conhecido "chumbinho", também usado na agricultura, mas que ficou conhecido por causa de envenenamento de pessoas, que chegaram a morrer por ingestão acidental. A proposta sobre amianto crisotila ainda está em discussão. A 5ª Conferência das Partes (COP 5) será realizada entre os dias 20 e 24 de junho, em Genebra.
A Convenção de Roterdã regulamenta o comércio internacional de produtos químicos perigosos. Esse tratado não proíbe quaisquer produções ou comercialização, mas a partir da inclusão de uma substância em sua lista, um exportador, por exemplo, deverá obrigatoriamente informar as leis que regem essa substância em seu próprio país, advertindo o comprador sobre quaisquer restrições. Já exitem 40 substâncias nesse listagem.
"O amianto também está na lista dos produtos a serem discutidos para entrada em Roterdã. Do ponto de vista do Ministério do Meio Ambiente, esse seria um ganho para o País", afirma Sérgia Oliveira, diretora de Qualidade Ambiental na Indústria, do MMA.
A entrada do amianto crisotila já vem sendo debatida há décadas no Brasil, por causa dos riscos à saúde humana, mais do que para o meio ambiente. Pode causar alguns tipos de câncer e também uma doença chamada asbestose, que causa falta de ar e pode provocar complicações respiratórias.
A Convenção de Roterdã prevê que os riscos sejam informados nos casos de comercialização de produtos de sua lista de químicos perigosos, mas não influencia nas questões internas de seus países signatários.
O Brasil é o quinto maior produtor de amianto crisotila. Cerca de 50% das casas brasileiras são cobertas com telhas onduladas e 80% têm caixas d´água fabricadas com cimento amianto.
A única mina em operação no País fica em Minaçu, Goiás, e produz cerca de 220 mil toneladas anuais. As principais exportações vão para a Índia (15,81), Tailândia (10,27%) e Indonésia (10,4%).
O amianto foi incluído na classe de resíduos perigosos pela Resolução 348 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), em agosto de 2004.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Diminui desmatamento na Caatinga

Enquanto de 2002 a 2008 a média anual era de 0,28% de área desmatada, entre 2008 e 2009 a taxa anual foi de 0,23% 

A Caatinga teve 1.921 km² de sua floresta desmatada no período de 2008-2009, segundo dados do Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama. O ritmo anual de desmamento diminuiu. Enquanto de 2002 a 2008 a média anual era de 0,28% de área desmatada, entre 2008 e 2009 a taxa anual foi de 0,23%.
Os primeiros dados do monitoramento da Caatinga sobre as áreas desmatadas até 2008 foram divulgados no ano passado. No primeiro levantamento, em 2002, foi registrado um índice de desmate de 43,7%.
Este número subiu para 45,4% em 2008. Uma das principais causas do desmatamento na região é a extração ilegal da mata nativa que é convertida em lenha e carvão vegetal.
"É um dado melhor porque diminuiu o ritmo comparando com o período 2002-2008. Mas ainda é importante que a gente tenha iniciativas de sustentabilidade, como de manejo adequado da Caatinga, para não perder esse bioma que é único e absolutamente estratégico para a qualidade de vida do nosso País, em particular nos seus estados", destacou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os primeiros dados do monitoramento da Caatinga sobre as áreas desmatadas até 2008 foram divulgados no ano passado. No primeiro levantamento, em 2002, foi registrado um índice de desmate de 43,7%. Este número subiu para 45,4% em 2008. Com os novos dados, a Caatinga tem 45,6% de sua área desmatada. Uma das principais causas do desmatamento na região é a extração ilegal da mata nativa que é convertida em lenha e carvão vegetal.

Os estados que mais desmataram foram Bahia (638 km²), Ceará (440 km²) e Piauí (408 km²), e os municípios que registraram as maiores áreas com supressão de floresta foram Mucugê e Ruy Barbosa (BA) e Cabrobó (PE).
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga possui uma área original de 826.411 km² e está presente em cerca de 11% do País nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. A região sofre forte impacto das mudanças climáticas por apresentar muitas áreas suscetíveis à desertificação.
Uso Sustentável
Durante o evento do Dia Mundial de Combate à Desertificação, a ministra Izabella e o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, José Urbano, assinaram o referência do edital, no valor de R$ 6 milhões, que vai selecionar projetos que promovam o uso sustentável da Caatinga. O recuso é do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal. A meta é fazer 2000 fogões eficientes, que usam menos lenha e não gera fumaça, para as famílias do árido e semiárido, 15 mil hectares de manejo florestal comunitário e familiar e implementar ações de eficiência energética em 290 empresas dos polos gesseiro e cerâmico. O edital para a seleção dos projetos será publicado na próxima semana.
Para a ministra Izabella, as ações na Caatinga ainda não são suficientes mas são necessárias. Ela disse ainda que  a população do semiárido tem de quebrar o mito de que não se pode fazer o uso sustentável da Caatinga. Já o vice presidente da Caixa ressaltou que o Fundo Socioambiental da Caixa busca contribuir para o que é fundamental para o País.
A inciativa vai de encontro com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) que considera o uso sustentável das florestas como uma das melhores formas de se evitar a desertificação e garantir uma vida digna à população nas regiões do semiárido e árido.
Lançamento
O livro /Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) - 21 anos Fomentando a Vida/, será lançado nesta sexta-feira (17/6), às 14h30, no auditório do Edifício Marie Prendi Cruz, em Brasília. A obra traz a trajetória do Fundo Nacional do Meio Ambiente, o mais antigo fundo socioambiental do Brasil.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cooperação técnica alemã (GIZ) promove evento preparatório para a Rio+20

O que vem a ser o conceito de economia verde? Como será feita a transição do atual modelo de exploração econômica para um padrão baseado no desenvolvimento sustentável, que inclua erradicação da pobreza, governança ambiental e atividades econômicas que não deteriorem os recursos naturais?
Para debater estes e outros temas que serão o foco das discussões da Rio+20, foi realizada nesta quarta-feira (15/6), no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília, uma rodada de discussões entre representantes dos setores governamental e produtivo durante evento preparatório da Cooperação Técnica Alemã (GIZ) para a conferência da ONU, que acontece no próximo ano no Brasil na cidade do Rio de Janeiro.
Para Mauro Pires, diretor do Departamento de Combate ao Desmatamento do MMA, o conceito de economia verde recupera as discussões sobre desenvolvimento sustentável, tema que era debatido na Rio 92, e traz outros aspectos como novos padrões de consumo e produção.
"Teremos uma oportunidade de conhecer novos programas e projetos ligados ao conceito da economia verde. Creio que a questão das florestas também é um ativo importante para esta nova economia. É fundamental, por exemplo, promover o envolvimento dos municípios que possuem ativos florestais relevantes em ações que vão promover a transição para esse novo modelo. Isso pode contribuir para a redução da desigualdade entre as diferentes regiões brasileiras e para a erradicação da pobreza, outro aspecto importante da conferência", argumentou Pires.
O embaixador alemão no Brasil, Wilfried Grolig, disse que nos últimos 20 anos houve avanços importantes na parceria entre o Brasil e a Alemanha, especialmente nos projetos de proteção das florestas tropicais. Ele acrescentou que as ações de preservação da biodiversidade e de energia renováveis também constituem uma parceria estratégica entre ambos os países.
"O Brasil está se saindo muito bem em seu processo de crescimento rumo a um desenvolvimento sustentável, e a ação conjugada entre os países mostra que é possível ter bons resultados em iniciativas de proteção dos recursos naturais que contribuem para as questões sociais e ambientais", acrescentou.
A Cooperação Técnica Alemã (GIZ) atua no Brasil há 48 anos, e promove ações que contribuem para o desenvolvimento sustentável em cerca de 130 países. 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Turismo nas águas do Velho Chico

O ponto alto do passeio no Cânion do Xingó é a visita à Gruta do Talhado, que se completa com o banho nas águas esverdeadas do Rio São Francisco
FOTOS: FERNANDO BRITO
No coração do agreste nordestino, o Rio São Francisco oferece um banho de diversão para turistas em suas águas verdes e mornas
Num de seus muitos sucessos, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, diz que "o Rio São Francisco vai bater no mei´ do mar", referindo-se ao longo percurso do rio até desaguar no Atlântico. Pelas mãos do homem, o Velho Chico ganhou novos contornos. Permanece em seu caminho eterno, mas ganhou coadjuvantes em sua história entremeada com a vida no Nordeste brasileiro. Hoje, é o turista que vai bater no mei´ do agreste para inesquecíveis passeios nas águas calmas do rio.

A divisa dos Estados de Alagoas e Sergipe é o destino. Ali, a construção da barragem da Usina Hidrelétrica do Xingó deu origem a um reservatório com 65 quilômetros de extensão no meio do agreste nordestino. O Cânion do Xingó é o quinto maior do mundo e o maior em extensão navegável, com águas verdes e transparentes. A profundidade é de até 170 metros, enquanto a largura varia entre 50 e 300 metros.

A produção de energia elétrica era o único objetivo. Mas, eis que a nova geografia abriu caminhos de águas para o turismo. Navegar pelo Rio São Francisco deixou de ser apenas uma aventura. Virou puro lazer. E o turista não para mais de chegar.

O passeio começa na margem sergipana no Rio São Francisco. É do ancoradouro junto ao restaurante flutuante Karranca´s que partem os catamarãs Padre Cícero, Delmiro Gouveia e Rio do Cangaço ou a escuna Maria Bonita para a viagem pelo rio, num percurso com duração de três horas, sendo uma hora para banho. Quem preferir, segue em lanchas.

São oferecidos oito passeios diários de terça a domingo. A embarcação avança pelo cânion e o turista confere uma paisagem deslumbrante e sedutora. Chamam atenção, inicialmente, monumentos esculpidos pela natureza em formações rochosas, como a Pedra do Gavião, o Morro dos Macacos e a Pedra do Japonês.

O passeio continua e os navegantes cruzam com outras embarcações, como uma histórica e colorida canoa de tolda, e contemplam bem estruturados pontos de apoio às margens do rio. Ninhais de garças e ilhas fluviais completam o espetáculo.

Durante a navegação, com direito a trilha sonora que ressalta a beleza do rio, vem à mente a lembrança de que em algum momento da vida, o viajante, principalmente se for um nordestino, já ouviu falar do Velho Chico. Mas, só percorrendo suas águas para se dar conta de sua grandiosidade. Daí ser chamado, também, de Rio da Integração Nacional.

Tamanha beleza levou a Rede Globo a utilizar o cânion como cenário para muitas cenas da atual novela das seis da emissora, Cordel Encantado, que aborda a história do cangaço e o amor ardente entre nobres e plebeus às margens do São Francisco.

Gruta do Talhado
A embarcação desliza sobre as águas e alcança o Paraíso do Talhado, ponto mais estreito do cânion, onde despontam paredões areníticos avermelhados, permanentemente moldados pelo tempo e pela ação térmica. As rochas guardam vestígios dos primeiros habitantes da região, que ali viveram há mais de oito mil anos. É possível encontrar também marcas das andanças do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, em tempos menos remotos. O navegante aprecia a pequena gruta que abriga uma imagem de São Francisco e desembarca junto à Gruta do Talhado. O nome não poderia ser outro. Afinal, as paredes de rochas parecem ter sido talhadas a mão.

Uma plataforma flutuante serve para a atracação dos cata-marãs, escuna ou lanchas junto à gruta. No espaço, o visitante encontra lanches e artesanato. As crianças se divertem na piscina natural e na escada molhada. É hora de mergulho e banho refrescante dos adultos nas águas mornas do rio.

Quem não sabe nadar pode recorrer às boias e espaguetes flutuantes fornecidos pelos marinheiros. O grupo de navegantes fica cerca de uma hora no local. No período, canoeiros aparecem, oferecendo o passeio de 10 minutos no interior da gruta. Lá dentro, as pedras do cânion ganham dimensão ainda maior.

Os contempladores destas belezas aproveitam para se sentar no atracadouro e apreciar os caprichos da natureza. Basta apenas um pouco de imaginação para encontrar formas diversas nos gigantescos paredões rochosos.

No retorno ao ponto de partida, o turista aprecia novos ângulos do Cânion do Xingó, onde 980 espécies da caatinga se misturam às formações rochosas. Depois do desembarque, é hora de se deliciar com a culinária típica à base de peixe. Vale experimentar a tilápia, preparada no capricho no Restaurante Karranca´s. Agregada ao espaço está ampla estrutura de lazer e diversão náutica, além de tirolesa. Uma estátua de São Francisco em tamanho natural saúda e abençoa quem chega.

O visitante aproveita a estada na região e visita a Usina do Xingó. O passeio começa com apresentação de vídeos sobre a obra e termina com um tour pelas barragens de desvio. Impressiona a grandeza da hidrelétrica, a terceira maior do Brasil, com seis turbinas. Outros pontos de visita na região são o Museu de Arqueologia, o Sítio Arqueológico Mundo Novo e a Grota do Angico, local onde morreu o cangaceiro Lampião.

PIRANHAS
Histórias pra contar, belezas pra encantar
A localização privilegiada, às margens do Rio São Francisco, faz da pequena Piranhas, a 298 quilômetros de Maceió, a porta de entrada alagoana para o turista chegar aos cânions do Velho Chico. Mas, o destino não é apenas uma passagem. Ali, a parada é obrigatória. Quem chega se encanta com as belezas da Lapinha do Sertão.

Após cruzar o pórtico de entrada, basta um passeio pra entender o título. Piranhas é a única cidade do semiárido nordestino tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, contando com casario dos séculos XVIII e XIX, com arquitetura em estilo colonial inglês e português. A visão geral é mesmo de uma lapinha tamanho gigante que se estende à bênção do Rio São Francisco. O turista viaja no tempo.

As edificações em cores vivas chamam atenção, como a Igreja Santo Antônio de Lisboa e a Igreja Nossa Senhora da Saúde. O Conservatório de Música Cacilda Damasceno Freitas, antiga Cadeia Pública, abriga a Filarmônica Mestre Elísio, uma das mais afinadas bandas de música do Nordeste brasileiro.

O passeio continua e o turista chega ao Museu do Sertão. Localizado no conjunto arquitetônico da Estação Ferroviária de Piranhas, o espaço apresenta rico acervo de objetos e fotos sobre o cotidiano sertanejo e a saga do cangaço no sertão dominado pela caatinga. Uma estátua de Bom Jesus dos Navegantes se sobressai na mostra. Junto ficam lojas, café, a Torre do Relógio, o Centro de Artesanato, Arte e Cultura e a Casa do Patrimônio.

Também é destaque na mesma área o museu de réplicas de embarcações do Rio São Francisco e o espaço de artesãos especializados na técnica do couro almofadado, com aproveitamento da tilápia do Nilo, peixe criado em cativeiro no São Francisco. Na parte mais alta da cidade fica o Mirante Secular, acessível por 365 degraus. Foi construído pelos ingleses em comemoração à passagem do século XIX para o século XX. Do alto se desfruta de vista privilegiada do Centro Histórico de Piranhas.

O cenário de história e beleza serviu de inspiração para o saudoso seresteiro Altemar Dutra, bem como virou locação para filmes famosos, como Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues, e Baile Perfumado, de Lírio Ferreira. Piranhas é mesmo um recanto de grandes histórias do País, como as ligadas ao cangaço.

A pequena e pacata cidade foi ponto de partida da famosa volante comandada pelo tenente João Bezerra, que emboscou e matou o Rei do Cangaço, Lampião, sua eterna companheira, Maria Bonita, e todo o bando na Grota de Angicos, em 1938. Todos os cangaceiros tiveram suas cabeças cortadas e exibidas na escadaria do antigo Palácio Provincial da cidade, onde hoje funciona a Prefeitura Municipal.

A cerca de três quilômetros de Piranhas, o visitante confere mais um atrativo histórico. No distrito de Entremontes fica a centenária e monumental Igreja de Nossa Senhora da Conceição e a casa que hospedou o Imperador Dom Pedro II, em 1859. O lugar também é famoso pelas peças artesanais produzidas em redendê, ponto de cruz e labirinto.

O passeio pela Lapinha do Sertão ganha em emoção com passeios ecológicos e aventureiros pelos morros que circulam o lugar e se completa com o mergulho nas expressões folclóricas, onde se destacam o reisado do Distrito do Piau, o pastoril, bandas de pífanos e os blocos de Carnaval, Borboletas e Trovadores.

Para celebrar a viagem, nada melhor do que saborear a variada culinária local, que inclui pratos à base de peixes e a tradicional feijoada de canoeiro e mais: pratos de inspiração sertaneja, como a carne de bode. Como sobremesa, vale provar o doce de coroa-de-frade, preparado a partir de um cacto nativo. (FB)

Saiba mais
LOCALIZAÇÃOPiranhas fica a 298 quilômetros de Maceió, com acesso pelas rodovias AL-101 Sul /AL-220 /BR-101 /AL-220 /AL- 225. A cidade situa-se a 12 quilômetros do Cânion do Xingó

PASSEIOSWS (www.wsturismo.com.br)
CVC Operadora (www.cvc.com.br)
Angico´s Tur (Alagoas) - 3686.1782)
Canistur (Alagoas) - 3686.3225)

ONDE FICAR:Em Piranhas-AL - Lírio do Vale (3686.3145), Pousada da Trilha (3686.1172), Maria Bonita (3686.1777), Pousada Lampião (3686.3335)

Em Canindé do São Francisco-SE - Xingó Parque Hotel (3346.1254)

Onde comer
Karranca´s - (82) 9984.1528

INFORMES TURÍSTICOS
www.piranhas.al.gov.br
www.mturxingo.com.br

CÓDIGO DDD: Alagoas (82), Sergipe (79)

FERNANDO BRITOREPÓRTER*
Viagem a convite da Revista Turismo & Negócios e da TAM

Bondinho de Ubajara está sem funcionar

Bondinho de Ubajara fica no Parque Nacional de Ubajara. Administrado pelo ICMBio, o parque é um complexo turístico com pouco mais de 6.200 hectares de mata preservada
FOTO: TUNO VIEIRA
O bondinho de Ubajara está parado há mais de três meses. O teleférico deveria ter passado por reformas no início do ano.

Ubajara O Parque Nacional de Ubajara está sem um dos seus principais equipamentos: o bondinho de Ubajara que parou de funcionar há mais de três meses. Prestes a completar 35 anos, o teleférico tem capacidade máxima de levar até 15 pessoas por passeio, mas desde dezembro de 2010 que o percurso estava sendo feito com apenas sete, até parar por completo - privando os turistas da bela vista proporcionada pela descida de 550 metros até a gruta de Ubajara. "Hoje para quem deseja visitar a gruta, o percurso está sendo feito a pé, com tempo de visitação em torno de cinco horas", disse o chefe da unidade, Francisco Humberto Sousa Bezerra, adiantando que a manutenção do equipamento é de responsabilidade da Secretaria Estadual do Turismo (Setur).

O teleférico deveria ter passado por reformas no início deste ano. A solicitação foi feita pela Setur, que garantiu na época que estaria enviando à Procuradoria Geral do Estado (PGE) um edital para o processo de licitação com o objetivo de reformar o terminal de passageiros do equipamento. A iniciativa tem como objetivo oferecer melhor conforto e segurança aos visitantes da Gruta de Ubajara, na Serra da Ibiapaba, no que se refere à infraestrutura de acesso.

O projeto contempla uma concepção arquitetônica moderna, espacial, mas sem fugir às características naturais da região. As intervenções no bondinho (de tecnologia italiana) vão contemplar as plataformas superior e inferior. A plataforma superior terá estrutura metálica em arco e pele em vidro laminado incolor com espessura de 10 milímetros. Na plataforma inferior, será instalada uma estrutura metálica complementar para suporte e fixação de placas em vidro temperado laminado incolor. Também será retirado o piso vinílico que se encontra aplicado sobre o assoalho de madeira. Já o guarda corpo metálico da escada de acesso à gruta será preservado, passando, ainda, por uma recuperação e pintura.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Setur, o bondinho está parado por causa de uma peça que não há no mercado brasileiro. Segundo a assessoria, o material já foi comprado nos Estados Unidos e já se encontra no Ceará, porém aguarda liberação da Secretaria da Fazenda (Sefaz), para que a peça chegue ao seu destino, o Parque de Ubajara. O prazo para o bondinho voltar a funcionar não foi informado. Sobre a licitação para reformar o terminal de passageiros, a Comissão Central de Licitações do Governo do Estado divulgou, em abril, a empresa vencedora, a Construtora e Imobiliária Atualpa LTDA.

Orçada em R$ 1,42 milhões, a reforma da estação de passageiros do Teleférico de Ubajara será realizada com recursos do Tesouro Estadual. A obra é uma demanda da Setur e deve começar em breve a partir de parceria com o Instituto Chico Mendes. A previsão de entrega da reforma é de 180 dias, contados a partir da publicação do contrato no Diário Oficial e da assinatura da ordem de serviço.

Fonte: Diário do Nordeste.

terça-feira, 14 de junho de 2011

8 drogas ilegais que já foram (ou ainda são) prescrição médica

A proibição e restrição ao uso de drogas não tem nem 100 anos no Brasil. A primeira lei que tentou controlar o uso de alguma substância foi formulada em 1921 após pressões internacionais em uma convenção em 1911. O mais estranho é ver que drogas muito pesadas e altamente viciantes não eram apenas permitidas: elas eram recomendadas pelos médicos para tratar doenças comuns.

Ópio
Extraído da semente de papoula, tem cor marrom e é fumado em um cachimbo ou mascado. Causa euforia breve, seguida de torpor com alucinações. É dele que é extraída a morfina – utilizada ainda hoje na medicina como anestésico e potente remédio contra a dor. Seus usuários emagrecem e ficam amarelados, além de perderem capacidades intelectuais e físicas. Não é uma droga muito difundida no Brasil – ainda bem, pois seus viciados podem realmente morrer de abstinência se ficarem sem ópio por mais de 12 horas. Proibido no Brasil durante a primeira leva de leis antidrogas, em 1921.

Heroína
Derivada do ópio, foi sintetizada no final do século XIX para ser uma alternativa não-viciante para a morfina, como tratamento para dor e para tosse de crianças (!) . Seu uso preferencial é intravenoso, pois o efeito ocorre mais rapidamente – e mais devastador. Ela causa efeitos similares ao ópio, como euforia, conforto e sonolência. O seu uso constante pode causar surdez, cegueira e inflamações nas válvulas cardíacas. Metabolizada no fígado, ela pode afetar inclusive os filhos de consumidoras, por ultrapassar a placenta das grávidas. Estas crianças nascem com deformidades e já são super dependentes da droga desde o berço. Ironicamente, descobriu-se mais tarde que ela era ainda mais viciante que morfina e foi proibida no Brasil em 1921.

Cocaína
A folha de coca é a planta divina dos Incas (império précolombiano que dominava o oeste da América do Sul). Em sua forma natural, não causa dependência, é legalizada e amplamente utilizada na Bolívia e Peru, onde inclusive é considerada necessária à sobrevivência em altitude por facilitar a absorção de oxigênio pelo pulmão no ar rarefeito.
Já a cocaína, sintetizada a partir da folha de coca, é proibida nestes países assim como no resto do mundo. Vendida em pó, é geralmente aspirada. Seus efeitos principais são: euforia, diminuição da fadiga, insônia e falta de apetite. Devido à presença de dopamina, é uma droga altamente viciante. O desenvolvimento de tolerância à ela faz com que o usuário sinta efeitos negativos ao consumir pequenas doses de cocaína, como paranoia e agressividade. Seu uso pode causar necrose nas vias nasais e, se consumida em excesso, pode levar à overdose e à morte.
No começo do século XX a cocaína era vendida nas farmácias como tônico e analgésico. A Coca-Cola era basicamente um xarope de coca até 1903, quando os fabricantes, preocupados com os riscos de dependência, a retiraram da fórmula e a sustituíram por cafeína (também estimulante e viciante, mas em menor grau). Em 1914, a cocaína foi proibida nos EUA e mais tarde, em 1921, no Brasil.

LSD
O ácido lisérgico, comummente chamado de “doce”, é uma das drogas mais alucinógenas que existem. Sintetizado pela primeira vez em 1938 a partir de um fungo, seus efeitos só foram descobertos em 1943 por acidente. Sob o nome de Delysid, foi utilizado no tratamento de esquizofrenia, disfunções sexuais e alcoolismo, com a chamada psicoterapia psicodélica, até meados de 1970. Ainda que não cause dependência física, o LSD pode causar dependência psicológica, por ser uma substância que amplifica as emoções do usuário, sejam essas positivas ou negativas.

Ecstasy
A patente do ecstasy remonta a 1912, para uso militar (pois diminui a fome e o sono) mas ele foi esquecido até meados da década de 1960, quando um professor estadunidense começou a utiliza-lo em psicoterapias. Com o tempo, seu uso se ampliou para melhorar o ânimo e o desejo sexual. Comercializado em forma de pílula, também é chamado de “bala” no Brasil. Ele causa euforia, sensação de bem-estar, aumento da percepção sensorial e grande perda de líquidos. Entre 1999 e 2004, mais de 250 pessoas morreram no Reino Unido depois de tomar bala, por superaquecimento, falha no coração ou beber muita ou pouca água. Com o uso constante, o ecstasy pode levar à perda de eficácia do cérebro e a perda de memória.

GHB
Também conhecido como uma das drogas do “Boa Noite Cinderela”, o GHB foi sintetizado em laboratório na década de 1930 e utilizado como hipnótico e anestésico a partir da década de 1960. Mais tarde, percebeu-se que pessoas mal intencionadas estavam utilizando-o para estuprar e roubar, pois a droga causa perda de controle, relaxamento muscular e desorientação ao usuário. Foi proibido na década de 1990. No Brasil, porém, é ainda utilizado em raros casos de distúrbios do sono e epilepsia.

Metanfetamina
Criada por um químico japonês em 1893, a tina (ou cristal meta) começou a ser utilizada no começo do século XX no tratamento de epilepsia, alcoolismo, obesidade mórbida, deficit de atenção, depressão e até alergias. Rapidamente, porém, notou-se seu alto potencial viciante e foi proibida. Vendida na forma de cristais, estes podem ser fumados ou esmagados até virar pó. Em forma de pó, pode ser cheirado ou misturado com água e injetado. Causa euforia, dimiui o apetite, intensifica emoções, entre outras sensações. Em pouco tempo o usuário precisa aumentar a dose para sentir seus efeitos. Ela também desperta comportamento psicótico e violento devido aos danos que ela causa ao sistema nervoso central e pode desencadear psicoses e problemas de saúde graves e permanentes.

Maconha
Considerada a mais leve das drogas ilegais e a mais consumida no mundo. Consiste em folhas e flores secas de Cannabis fumadas em cigarros ou cachimbos. A droga pode ter efeito tanto entorpecente quanto estimulante e já foi utilizada como “soro da verdade” por uma agência governamental nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (!). No Brasil, ela era vendida com o nome de Cigarros Índios, indicados para asma, tosse, rouquidão e insônia.
Proibida em nosso país a partir de 1930, ainda há discussões da necessidade de sua legalização. Na Holanda, é possível comprá-la legalmente em locais destinados a este fim e o governo dos EUA a distribui de graça estritamente para uso medicinal (tratamento de glaucoma, náuseas, vômitos e analgesia em geral). 

Por: Livia Aguiar (Revista Superinteressante).

Eclipse total da Lua poderá ser observado na quarta-feira

Eclipse da Lua em dezembro de 2010 - Foto: Getty Images
Na quarta-feira (15), acontecerá o mais longo eclipse total da Lua desde julho de 2000. Da maioria das cidades brasileiras, porém, não será possível ver a fase inicial do fenômeno.
O eclipse total da Lua vai durar 100 minutos e poderá ser completamente observado no leste da África, Ásia central, Oriente Médio e oeste da Austrália. O eclipse não será visto na América do Norte.
O fenômeno acontece quando o sol, a Terra e a Lua estão alinhados e a Lua fica na sombra da Terra.
Nas cidades das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil, o eclipse estará visível das 16h25 às 18h25 (horário de Brasília). Nas regiões Centro-Oeste e Norte, o fenômeno será observado um pouco mais tarde, das 19h35 às 20h25.
Segundo os especialistas, o fenômeno pode ser assistido a olho nu, sem prejuízo à saúde. Durante o eclipse, a Lua muda de cor, do prata ao tom alaranjado a intensidade da cor vai depender da poeira e das nuvens na atmosfera.

Por Kátia Arima (Revista National Geographic Brasil)

Cai número de brasileiros preocupados com consumo consciente

Mulheres estão no grupo das pessoas com mais hábitos de consumo consciente - Foto: Getty Images

Apesar de ter mais informações sobre os problemas ambientais, o número de brasileiros que mantêm hábitos conscientes de consumo é cada vez menor, segundo pesquisa feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
Para elaborar o levantamento, divulgado ontem (13), foram feitas entrevistas com mil consumidores de 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. Entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Salvador.
De acordo com o levantamento, 57% dos entrevistados mantêm hábitos que levam em consideração a preservação do meio ambiente. Em 2007, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, esse percentual era 65%. A queda desse grupo refletiu desde a escolha de produtos ecologicamente corretos nas gôndolas dos mercados, a preocupação em verificar se os produtos adquiridos eram geneticamente modificados ou transgênicos, até a reciclagem do lixo e a preocupação em fechar a torneira ao escovar os dentes.
A pesquisa também mostrou queda no número de brasileiros preocupados com o desperdício, revelando que, enquanto em 2007, 76% dos entrevistados verificavam os armários e a geladeira antes de fazer compras, este ano 72% disseram manter essa prática.
Para o economista Christian Travassos, da Fecomércio-RJ, em alguns casos, o custo mais alto de produtos ecologicamente corretos inibe a adesão de parte dos consumidores ao grupo do consumo consciente. “O órgão mais sensível do consumidor é o bolso e ele pondera, na hora do mercadinho, ‘o orgânico é muito legal e ético, mas não tenho condições de comprar’. Não é uma questão estática porque o governo tem condições de incentivar o ‘mais verde’ e ‘ecologicamente correto’ via dedução de impostos e deduções fiscais”, disse Travassos, lembrando que muitos hábitos não envolvem custos, mas a boa vontade do consumidor, como a seleção de lixo dentro de casa e o reaproveitamento do óleo de cozinha.
A pesquisa mostrou ainda que os consumidores estão menos preocupados com a saúde. De acordo com o levantamento, 25% dos entrevistados deste ano afirmaram que não verificam a data de validade do produto comprado (em 2007, eram 22%) e 72% disseram que checavam se a embalagem do produto estava danificada. A preocupação com a embalagem foi revelada por 78% dos entrevistados há quatro anos.
O resultado das entrevistas mostrou que entre as mulheres, os idosos e a classe A e B estão o maior número de pessoas conscientes em relação aos hábitos de consumo. Os dados apontam, por exemplo, que 91% dos brasileiros de terceira idade fecham a torneira ao escovar os dentes (apenas 81% dos jovens cultivam este hábito). Em relação à prática de separar o lixo para reciclagem a relação é de 54% dos idosos contra 37% de jovens.
"Ao mesmo tempo, nossa leitura dos dados tem que considerar que cada vez mais jovens e crianças estão tendo contato com referenciais ecológicos e educação ambiental. Provavelmente, se hoje os idosos e as mulheres têm um cuidado maior com o ambiente, isso não significa que nós não tenhamos, no futuro breve, pessoas entre 24 e 30 anos com uma postura diferente. A grade curricular de muitas escolas aborda os temas e isso é uma tendência para os próximos anos ser confirmada", avaliou Travassos.
A pesquisa sobre consumo saudável vem sendo realizada anualmente, desde 2007, em 70 cidades brasileiras, pela Fecomércio-RJ, e a empresa de pesquisa Ipsos.

Por Carolina Gonçalves/Agência Brasil

80% dos brasileiros desaprovam novo Código Florestal

Área desmatada da Amazônia - Foto: Getty Images
Uma pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 3 e 7 do mês de junho, revelou que 80% da população brasileira é contra a proposta do novo Código Florestal, de autoria do deputado Aldo Rebelo, que foi aprovada na Câmara dos Deputados, no final de maio, com 410 votos a favor, 63 contrários e uma abstenção.
Além disso, 85% dos entrevistados julgam que a proteção dos rios e florestas é mais importante do que o aumento da produção agrícola do país e 79% deles ainda são contra o perdão das multas para proprietários rurais que desmataram APPs - Áreas de Proteção Permanente eReservas Legais, antes de julho de 2008. 
No entanto, a porcentagem de pessoas que, realmente, estão acompanhando o desenrolar dessa história é menor: 62% dos entrevistados sabiam que a proposta de Rebelo já havia sido votada e aprovada pela Câmara dos Deputados e, desses, apenas 6% se consideram bem informados sobre o assunto.
A pesquisa foi encomendada por seis ONGs ambientais - Amigos da Terra, Imazon, Imaflora, Instituto Socioambiental, Fundação SOS Mata Atlântica e WWF-Brasil - e entrevistou, por telefone, cerca de 1.300 pessoas, com mais de 16 anos. Segundo o Datafolha, não houve diferenças significativas entre as respostas dadas pelos entrevistados da zona rural e urbana do país e a margem de erro da pesquisa é de 3%.

 Por Débora Spitzcovsky e Mônica Nunes/ Planeta Sustentável

domingo, 12 de junho de 2011

Questão ambiental está ligada à qualidade de vida das pessoas, diz ministra

Com apoio do Ministério do Meio Ambiente, o Canal Futura e a CPFL  Energia lançaram, nesta quinta-feira (09/06), a série Caminhos da Energia. Divididos em 10 programas, a série mostra como a energia está presente no nosso dia a dia e reflete sobre as possibilidades de uso eficiente e sustentável para garantir o bem estar das pessoas no planeta.
Na cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a discussão ambiental está diretamente ligada à qualidade de vida das pessoas e ao futuro do planeta. Para ela, como país emergente o Brasil tem de ter a questão ambiental como tema central nas discussões.
"O futuro do planeta passa necessariamente, neste século, por cinco grandes discussões: segurança energética, climática, alimentar, biodiversidade e paz. E o Brasil tem protagonismo em todos", disse.
Devido ao grande potencial de energia limpa do Brasil, a ministra Izabella disse discordar do uso da  energia nuclear nos próximos 50 anos. Ela citou o potencial energético eólico do Nordeste brasileiro que é o equivalente a 10 vezes ao que é gerado pela Itaipu Binacional, maior hidrelétrica do mundo.
A ministra convidou o navegador Amyr Klink, apresentador do Caminhos da Energia, para ser embaixador da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada no ano que vem, no Rio de Janeiro. É preciso ter lideranças brasileiras que em suas áreas mobilizem e chamem atenção para o desenvolvimento sustentável , disse ao ressaltar que a discussão da Rio+20 não é só o que foi feito nos últimos 20 anos mas um olhar além de 2012.
Amyr Klink elogiou a produção do Caminhos da Energia. Para ele, com conteúdo dos programas foram escolhidos com critério para produzir discussão e aprendizado.
Também participaram da cerimônia o presidente CPFL, Wilson Ferreira Júnior, o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, o deputado Arnaldo Jardim e o senador Rodrigo Rollemberg.
Caminhos da Energia
A série Caminhos da Energia tem foco no Brasil, mapeando a atual matriz energética brasileira e apontando as possibilidades de geração, distribuição e consumo de energia. Apresentada pelo navegador Amyr Klink, a série é pontuada por entrevista de mais de 50 especialistas, que apresentam o contexto histórico, mostram número e opinam sobre os diferentes caminhos que o Brasil pode seguir para diminuir o impacto da geração e consumo de energia no meio ambiente.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

Setor pesqueiro tem novo modelo de gestão

O setor pesqueiro terá novas regras de organização do sistema de permissionamento de embarcações para acesso sustentável dos recursos pesqueiros. Nesta sexta-feira (10/06), as ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, assinaram  Instrução Normativa Interministerial (INI) que muda a forma de conceder a permissão.
As mudanças no modelo foram propostas pelos dois ministérios com o compromisso de conciliar os interesses ambiental, social e econômico. Para a ministra Izabella, a INI inova a gestão dos recursos pesqueiros e todos os processo de ordenamento da pesca. "Vamos mudar o patamar dos recursos pesqueiros e modernizar a pesca brasileira", ressaltou.
Izabella contou, em entrevista coletiva, que os esforços para modernizar a pesca começaram antes das duas ministras tomarem posse no governo da presidenta Dilma Rousseff, quando foi realizada uma avaliação preliminar com as necessidades do setor, com garantia de proteção ambiental.
Sob o ponto de vista ambiental, a ministra Izabella ainda destacou que a INI permite um planejamento estratégico e maior engajamento em pesquisas com visão de médio e longo prazos para a proteção do meio ambiente.
De acordo com a ministra da Pesca, Ideli Salvatti, as novas regras era um anseio do setor da pesca artesanal e industrial, sem que em todo ano precisasse de ter novas discussões sobre a cada ponto que aparecesse, como espécie, região ou equipamento utilizado.
"A INI estabelece as preocupações devidas e necessárias para os estoques pesqueiros e as áreas de preservação, mas também dá segurança para quem sobrevive e investe na área da pesca", garantiu Ideli Salvatti em seu último ato como ministra da Pesca e Aquicultura.
Serão criados comitês permanentes de gestão de 21 espécies que terão grupos de monitoramento voltados para estruturar a pesca sob a ótica da sustentabilidade e da visão econômica e social.
Novo modelo
No novo modelo será apresentada uma lista com mais de 50 opções, das quais o beneficiário deverá escolher uma para atuar. As principais modalidades de pesca são a linha, arrasto,  cerco, emalhe, armadilhas e outros. No modelo anterior o interessado procurava a superintendência e dizia qual espécie gostaria de pescar, qual a modalidade usaria e onde iria realizar a pescaria.
Os modelos prontos apresentam uma alternativa de espécie, modalidade e área onde o permissionário poderá pescar. Cada embarcação poderá se enquadrar em um desses modelos como principal e em alguns casos, especificados na INI, ter uma segunda opção. Uma pesca complementar de espécies alternativas que poderá ser praticada em três ocasiões, quando modalidade principal permitir uma modalidade paralela e nos períodos de defeso (reprodução da espécie) e entressafra.
A Instrução Interministerial entra em vigor logo após a publicação e os interessados deverão fazer o pedido de permissão para análise nas Superintendências Federais da Pesca e Aquicultura nos estados, onde os mesmos serão analisados. Após o recebimento do pedido será concedida uma Permissão Prévia que terá validade de até dois anos, prorrogável uma vez por igual período, após a análise dos documentos será concedida uma licença definitiva que deverá ser renovada anualmente.
A prática dessas novas regras vão trazer vários benefícios, entre eles maior transparência e rentabilidade, com a utilização de uma modalidade de pesca alternativa; um melhor controle, organização e distribuição além da possibilidade de classificação da frota, com maior gestão dos recursos pesqueiros.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

Lixo que virou arte, que virou riqueza e virou emprego

Os painéis de Vik podem ser vistos ao ar livre na Esplanada dos Ministérios ao lado do Museu da República, até o dia 30 de junho

Ao ar livre, na Esplanada dos Ministérios, ao lado do Museu da República, os painéis do artista plástico Vik Muniz, despertam a imaginação. Grandes figuras, montadas com peças recolhidas de um amontoado de lixo, formam vários quebra-cabeças gigantes. É uma arte contemporânea e engajada, pois faz refletir sobre o consumo desregrado em que estamos mergulhados. Mas é também transformadora, pois incita a uma mudança de comportamento. Lixo pode virar arte, pode virar riqueza, pode virar emprego.

O Brasil começa a se preparar para o início dessa transformação. Várias iniciativas vêm sendo colocadas em prática para educar a população sobre a importância dos resíduos sólidos. A  primeira delas foi a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Política Nacional de Resíduos Sólidos.  Em um segundo momento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, apelou aos cidadãos para que separem, em suas casas, o lixo úmido do lixo seco. Uma simples atitude que vai facilitar e valorizar a vida dos catadores de materiais recicláveis, incrementar a indústria da reciclagem e possibilitar ao País uma economia de R$ 8 bilhões por ano.

Na quinta-feira à noite (09/06), na abertura da exposição, a ministra lembrou que há 20 anos, o então secretário de Meio Ambiente, José Antônio Lutzemberg, já insistia para a inclusão dos catadores. "Hoje, já temos um programa governamental voltado para o catador. Hoje, eles são atores da arte, uma arte plasticamente fascinante", disse.

O próprio Vik Muniz traduziu sua arte como uma experiência  profunda e transformadora. Falou de  sua convivência com os personagens de seu trabalho, que são os catadores do lixão do Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O trabalho de Vik Muniz correu mundo por meio do filme: Lixo Extraordinário, o revolucionário documentário que concorreu ao  Oscar de 2011.

As obras do artista ficam em exposição no espaço ao lado do Museu da República, até o dia 30 de junho. A partir de 13 de junho, o artista mostra suas obras na exposição, Vik Muniz 3D, no Espaço Cultural Contemporâneo - Ecco, na quadra 03 de SCN. As obras poderão ser visitadas até o dia 14 de agosto, com entrada franca.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente.