Segmentos industriais demoram a implantar as inovações proporcionadas pelo desenvolvimento tecnológico. Há muita resistência ao novo, especialmente, em razão dos custos das mudanças, pois alteram as plantas industriais e necessitam de tempo para diluição dos custos dos produtos inovados. A indústria da construção civil, em todos os níveis, é uma das mais contempladas com processos tecnológicos inovadores que não generalizam de imediato seu aproveitamento.
Começando pela habitação popular, o poder público tem na carência de moradia para a baixa renda um de seus maiores desafios, por conta da demanda crescente, nos grandes centros urbanos. Nem mesmo recorre a soluções de baixo custo, como transformar o entulho lançado na via pública em matéria-prima utilizável nos canteiros de obra. Assim, haveria o aproveitamento racional dos restos de construção recolhidos nas ruas, depois de processados, nas novas casas.
Outro potencial elevado nos empreendimentos para as camadas de baixa renda é a mão-de-obra do contingente formado pelos aspirantes à casa própria. O regime de trabalho sob a forma de mutirão daria ao beneficiado maior responsabilidade em relação ao bem construído, evitando-se, desse modo, o reprovável hábito de transferência informal para terceiros quando surge a primeira oportunidade de lucro fácil. Este comércio mascarado perdura nos empreendimentos bancados com recursos provenientes do erário.
A obrigatoriedade do candidato à moradia de participar do mutirão habitacional reduziria o custo da mão-de-obra em, pelo menos, 30%. Depois, motivaria seu maior envolvimento com a comunidade nascente, zelando pela melhoria dos imóveis e pela qualidade de vida por haver contribuído diretamente para sua concretização. Sua participação nos canteiros de obra seria nos fins de semana, feriados ou dias disponíveis.
Nos imóveis para a clientela de maior poder aquisitivo, as inovações tecnológicas dizem respeito a detalhes dos projetos arquitetônicos, aproveitando, ao máximo, a luz solar nos ambientes internos e o reúso das águas tratadas no próprio condomínio para aproveitamento nos jardins. A cada dia surgem adesões a essa linha. A mais recente é a Lei Complementar 112/2011, aprovada no Estado do Rio de Janeiro, obrigando a instalação de hidrômetro para cada morador, individualizando o consumo da água como já é feito com a energia elétrica.
Os novos projetos arquitetônicos trarão essa exigência, atendendo a uma demanda do mercado comprador. No Rio de Janeiro, algumas áreas do mercado imobiliário se anteciparam à legislação, dotando seus imóveis de estruturas adaptadas à mudança. A medida se expande onde a clientela exige mais quando da compra de seus imóveis.
Em todas essas mudanças, o papel do projetista se torna fundamental, especialmente em regiões como o Nordeste, onde há oportunidade do uso, em larga escala, da luz solar e da energia solar, obtida de painéis instalados para aquecimento da água dos banheiros dos condomínios construídos para as classes de maior poder aquisitivo. A tecnologia encontra-se disponível. Falta difundir o seu emprego.
Fonte: Texto publicado na coluna Opinião do Jornal Diário do Nordeste em 29/03/11.
Começando pela habitação popular, o poder público tem na carência de moradia para a baixa renda um de seus maiores desafios, por conta da demanda crescente, nos grandes centros urbanos. Nem mesmo recorre a soluções de baixo custo, como transformar o entulho lançado na via pública em matéria-prima utilizável nos canteiros de obra. Assim, haveria o aproveitamento racional dos restos de construção recolhidos nas ruas, depois de processados, nas novas casas.
Outro potencial elevado nos empreendimentos para as camadas de baixa renda é a mão-de-obra do contingente formado pelos aspirantes à casa própria. O regime de trabalho sob a forma de mutirão daria ao beneficiado maior responsabilidade em relação ao bem construído, evitando-se, desse modo, o reprovável hábito de transferência informal para terceiros quando surge a primeira oportunidade de lucro fácil. Este comércio mascarado perdura nos empreendimentos bancados com recursos provenientes do erário.
A obrigatoriedade do candidato à moradia de participar do mutirão habitacional reduziria o custo da mão-de-obra em, pelo menos, 30%. Depois, motivaria seu maior envolvimento com a comunidade nascente, zelando pela melhoria dos imóveis e pela qualidade de vida por haver contribuído diretamente para sua concretização. Sua participação nos canteiros de obra seria nos fins de semana, feriados ou dias disponíveis.
Nos imóveis para a clientela de maior poder aquisitivo, as inovações tecnológicas dizem respeito a detalhes dos projetos arquitetônicos, aproveitando, ao máximo, a luz solar nos ambientes internos e o reúso das águas tratadas no próprio condomínio para aproveitamento nos jardins. A cada dia surgem adesões a essa linha. A mais recente é a Lei Complementar 112/2011, aprovada no Estado do Rio de Janeiro, obrigando a instalação de hidrômetro para cada morador, individualizando o consumo da água como já é feito com a energia elétrica.
Os novos projetos arquitetônicos trarão essa exigência, atendendo a uma demanda do mercado comprador. No Rio de Janeiro, algumas áreas do mercado imobiliário se anteciparam à legislação, dotando seus imóveis de estruturas adaptadas à mudança. A medida se expande onde a clientela exige mais quando da compra de seus imóveis.
Em todas essas mudanças, o papel do projetista se torna fundamental, especialmente em regiões como o Nordeste, onde há oportunidade do uso, em larga escala, da luz solar e da energia solar, obtida de painéis instalados para aquecimento da água dos banheiros dos condomínios construídos para as classes de maior poder aquisitivo. A tecnologia encontra-se disponível. Falta difundir o seu emprego.
Fonte: Texto publicado na coluna Opinião do Jornal Diário do Nordeste em 29/03/11.
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