Este blog é direcionado para os alunos da Escola Municipal Genildo Miranda no Sítio Lajedo em Mossoró-RN, para os alunos da Escola Estadual Rui Barbosa no município de Tibau-RN, para todos aqueles amantes da Educação Geográfica e também para os que se propõem a discussão de uma Educação contextualizada.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Acampamento reúne vários Estados

Grupos de alguns Estados e de inúmeros Municípios se fizeram uma turma só. Não faltou bate-papo
FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR
O Acampamento foi na Praia Tremembé, onde as belezas naturais ainda não sofreram tanto a intervenção do homem

Icapuí. Sem luxo e sem frescura, em meio ao sol, ao vento, mas com um mar gigante e uma lagoa bem ao lado, centenas de jovens fincaram suas barracas e acamparam no 9º Acampamento Latino-Americano da Juventude. Grupos de alguns Estados e de inúmeros Municípios se fizeram uma turma só. E não faltou violão, namoro, bate-papo, e até alguém para encenar, no meio do ´mar de barracas´, uma esquete teatral.

O Festival ocorreu de sexta a domingo, encerrando com o tradicional "abraço ao mar". Dentre os principais destaques do evento, a banda de reggae Cidade Negra. Seis temas, dentre os quais a diversidade sexual, a cultura afrodescendente e os cinco anos da Lei Maria da Penha, foram destaques nos debates.

Em meio a uma amontoado de aproximadamente 240 barracas, perto do lago e a poucos metros do mar tem a "vila do sossego". Pelo menos foi assim que fincaram uma plaquinha improvisada os 16 jovens de Fortaleza que vieram para Icapuí para a despedida das férias. Não que sossego signifique silêncio. Porque quando não são os shows se prolongando até perto do amanhecer, tem jovem com violão, ou um aparelho de som. Ou uma roda de conversa de porta de barraca.

Mas ontem o dia foi de despedida dupla: do acampamento e das férias. O grupo de 16 estudantes de Natal (RN) que veio pela primeira vez ao evento pretende retornar, "como sem falta", à próxima edição. O ecólogo Camilo Dantas, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ficou triste com o fim dos dias de acampamento, mas ressalta a temática ambiental como um dos principais focos do encontro. "Sabemos que a zona costeira cearense passa por problemas parecidos com o que acontece no Rio Grande do Norte, e eventos como esse servem para alertar os jovens", aponta.

Mas nem todos. Para o biólogo João Neves, da UFRN, a maioria dos jovens foi mesmo para dormir nas barracas e curtir os shows. "Isso é importante, mas deve existir um engajamento das pessoas com o evento, participar das discussões, das oficinas". Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Cariri fretou uma topic para chegar até o local do evento, "mas passamos longe das oficinas", confessa o servidor Lino Júnior.

Entre as principais reclamações dos acampados, a frequência na falta de água para banho, principalmente quando muitos chuveiros estavam ligados. "Mas algumas coisas são típicas de acampamento, e no geral foi bom", opina João Neves. "Aqui tem sossego porque tem paz, mas o movimento não para", afirma Daniel Victor, de 30 anos, que participa pela segunda vez do acampamento. Veio com outros 15 amigos de Fortaleza para participar de oficinas e assistir aos shows. Eles fazem parte do Movimento do Teatro do Oprimido do Ceará (MTOCE), e colocar barraca para "não dormir" já é hábito de quem leva a vida a se aventurar.

Não à toa muitos jovens, especialmente turmas do Ceará e do Rio Grande do Norte, esperavam há muito tempo a edição do festival - o evento só acontece de dois em dois anos.

Curtição
"A gente curte muito e dorme pouco. Não precisa", afirma Rubens Lopes, de 23 anos. E se mesmo assim pintar uma solidão na multidão, a amiga e psicóloga Renata Fernandes está ali para ouvir. "Na Vila do Sossego todo mundo se ajuda", diz Daniel Victor, sobre o nome dado ao aglomerado de cinco "casinhas" dentre as 240 barracas do lugar. Maria Gorete, coordenadora do espaço de "camping", estima em aproximadamente 1.100 mochileiros somente na tenda de acampamento.

Houve apresentação teatral, incluindo os grupos locais como, por exemplo, o Teatro Flor do Sol e Teatro Amigo do Meio Ambiente, ambos de Icapuí.

MELQUÍADES JÚNIOR (REPÓRTER)
Fonte: Coluna Regional do Jornal Diário do Nordeste.

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